Vigilante da Estação Cultura inventa roubo e vai responder por falsa comunicação de crime
Servidor de 51 anos teria procurado o Plantão Policial para registrar falsa ocorrência
Foto: DIVULGAÇÃO - Comandante da GCM, Claudio Pereira esclarece que roubo nunca existiu
Por Da Reportagem Local | 10 de abril, 2022
 

Depois da reportagem de O Regional sobre um caso de roubo que teria acontecido no sábado, 2 de abril, na Estação Cultura, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Catanduva passou a analisar o caso, já que existiriam outras informações, além daquelas divulgadas pelo jornal. 

Durante a apuração dos fatos, foi verificado que a suposta vítima do roubo, um vigilante de 51 anos, teria procurado o Plantão Policial para registrar uma falsa ocorrência. Inclusive, dizendo que teria sido vítima de assalto, cujo criminoso estaria armado com faca.  

“Essa ocorrência foi registrada pela suposta vítima, sendo que, me chamou muita atenção duas coisas. Uma delas é que não houve a ligação para a GCM, ele estava em um patrimônio público, na Estação Cultura. Segundo ponto, essa ocorrência é exatamente igual a uma relatada por uma equipe feita no dia anterior”, explica Claudio Pereira, comandante da GCM. 

Claudio conta que inicialmente o valor subtraído foi de R$ 890. “Nós descobrimos, após apurarmos o que aconteceu, que o vigia prestou serviço em um local onde ele, ao assumir o seu plantão, deixou a carteira dentro da bolsa trancada no banheiro onde só ele possuía a chave. Ele passou a noite trabalhando no horário compreendido entre 19 horas e 7 horas, fez o plantão. Quando foi embora, deu por falta da carteira em sua bolsa. Dentro da carteira havia um valor inicial de R$ 890, ele fez uma ligação para a GCM para levantar o que poderia ser feito. Quando se trata de algo particular, podemos até levar a vítima ao plantão para o registro, mas isso depende da pessoa, não somos representante da pessoa, somos representantes do patrimônio público. Orientamos ele a registrar a ocorrência.” 

O comandante da GCM esclarece que o suposto roubo, na verdade, nunca existiu. “No dia seguinte, o vigia foi prestar serviço na Estação Cultura. Diz ele que não demos a atenção que ele esperava, então ele registrou uma ocorrência mentirosa de roubo, que nunca existiu. Não existiu o assaltante, a faca e o valor agora era outro, R$ 850.” 

Após as apurações, o vigia voltou ao Plantão para desmentir. “Nós apuramos através da nossa corregedoria e do nosso coordenador dos vigias, fomos até ele e questionamos o motivo de ele ter acionado a GCM para o sumiço da carteira e não ter acionado quando houve o roubo. Ele voltou ao Plantão Policial e desmentiu todo o boletim de ocorrência que foi feito.” 

Claudio alerta que mentir em boletim de ocorrência é crime. “Eu gostaria de deixar claro que mentir em boletim de ocorrência é crime. A Polícia Civil tem muitos afazeres, cuida de muitas cidades centralizadas em Catanduva para ficar perdendo tempo com um vigia que mente porque perdeu um dinheiro e, de repente, achou que a GCM não deu a atenção esperada. Demos a atenção que ele merece, orientamos e nos prontificamos a registrar o boletim de ocorrência no Plantão Policial, porém, ele não aceitou e fez tardiamente uma ocorrência mentirosa. Ele irá responder pelo crime e administrativamente.” 

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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