Um vídeo que circulou, ontem pela manhã, em grupos de WhatsApp de Catanduva, provocou revolta em inúmeras pessoas. O material mostra uma jovem que teria sido vítima de um possível caso de assédio moral na administração do município.
A reportagem apurou que a cena distribuída no aplicativo de troca de mensagens foi filmada anteontem, no Pátio de Serviços da Prefeitura de Catanduva, localizado na Vila Amêndola. O vídeo compartilhado no WhatsApp trazia a legenda: “Violência contra mulheres no governo do padre Osvaldo. Que atitudes o chefe do executivo tomará? Alguém sabe o que aconteceu de fato?”
Na manhã de ontem, inclusive, o caso já seria de conhecimento inclusive de pessoas próximas ao prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB). O material mostra uma jovem estagiária, cuja identidade será preservada, aos prantos.
Ela relata que teria sido xingada e sofrido acusações graves, aos gritos, da parte de seu superior (o nome também não será divulgado, até que a situação seja devidamente apurada). Duas mulheres amparam a mulher e tentam convencê-la a permanecer no trabalho.
A estagiária relata também que o superior teria colocado o dedo em seu rosto, em um gesto que poderia ser encarado como ameaçador. Uma terceira pessoa, presente ao local, gravou o relato da jovem.
A reportagem entrou em contato com a administração municipal, no início desta tarde, solicitando informações sobre o episódio. Em nota a assessoria de imprensa informou: “A Prefeitura de Catanduva está tomando as providências para apurar os fatos”.
De acordo com a resposta enviada à redação, a estagiária já teria sido transferida para outro pátio de serviços. O local não foi especificado. A nota também afirma que todos os direitos da trabalhadora serão resguardados.
Atos como ofender ou gritar com subordinados podem ser enquadradas como assédio moral, prática que, se comprovada, pode sujeitar o empregador e o autor a punições, que incluem pagamento de indenização ao empregado ofendido.
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