Um dos mais premiados, Edson Corradi defende nome de Catanduva
Campeão de competições importantes do meio, ele leva o nome da cidade por onde passa; data relembra acidente fatal e promove reflexão
Fotos: DIVULGAÇÃO - Edson Corradi já foi eleito melhor ciclista do ano pela Federação Paulista
Por Stella Vicente | 19 de agosto, 2022
 

O Dia do Ciclista, comemorado nesta sexta-feira, 19 de agosto, foi instituído em memória a Pedro Davison, ciclista de Brasília que foi vítima de um acidente fatal em 2006, quando ele tinha apenas 25 anos de idade. A data foi sancionada em 2017 e desde então se tornou importante por promover uma reflexão sobre a segurança dos praticantes de ciclismo, modalidade que atrai cada vez mais adeptos.  

Esse é o caso do ciclista profissional catanduvense Edson Corradi, que venceu competições importantes e leva o nome da cidade por onde passa. A trajetória de Corradi no ciclismo começou no início da década de 1990, quando ele visitava a cidade de São Paulo.  

“No bairro eu tinha alguns amigos que faziam pedais mais longos, iam até o Parque do Ibirapuera, avenida Paulista, Pico do Jaraguá, e eu ia com eles quando eu estava de férias. Então foi aumentando meu desejo pela bicicleta, pelo conhecimento”, relembra.  

Em 1994 surgiu o primeiro convite para assistir a uma competição de ciclismo. “Eu nem tinha noção de como era, aceitei o convite para assistir, mas chegando lá acabei participando da minha primeira competição. Desde então me apaixonei pela bicicleta, pela competição e já são 28 anos competindo, sendo dez como profissional, de 1998 a 2009”, diz o competidor, que ficou um tempo fora das competições de 2009 a 2012, quando retornou e continuou até 2019.  

Dentre suas maiores conquistas estão as participações nos Campeonatos Paulistas de Montanha, Contrarrelógio, Resistência e o Absoluto do ano 2000. São quatro modalidades diferentes e Edson foi campeão em três delas, feito que fez com que fosse eleito o melhor atleta do ano pela Federação Paulista.  

Edson também foi destaque no cenário nacional e internacional. Ficou em terceiro lugar do Campeonato Brasileiro de Contrarrelógio, na categoria elite; foi campeão nas duplas mistas do Brasil Ride, na categoria máster; e venceu o Desafio de Aparecida, uma prova que se inicia às dez horas da noite, partindo de Alfenas (MG) até Aparecida do Norte, totalizando 282 Km de estrada de terra, que Edson fez em 13 horas e oito minutos. Fora do Brasil, ele participou da Volta de Santa Cruz na Bolívia em 2003, onde foi campeão geral.  

NA REGIÃO  

Segundo Edson, a prática do ciclismo em Catanduva e região cresceu muito, deixando de ser apenas um meio de transporte para trabalhadores. “Há dez anos atrás não imaginaríamos. [Creio que] cresceu muito pelo que o ciclismo proporciona, que é você poder andar, conhecer lugares e pessoas de forma mais rápida. Você sente vontade de andar mais vezes. Quem conhece se apaixona e dificilmente para”, diz.  

Hoje, Edson trabalha como mecânico de bicicletas de alta performance na Star Bike, em Catanduva, e continua sendo atleta, competindo sempre que é possível. “O ciclismo para mim é tudo. Ajudou a formar meu caráter, minha personalidade, a pessoa que sou, batalhadora, sem desistir e sem reclamar. Acho que o ciclismo transforma a vida das pessoas”, declara o ciclista. 

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

Por Da Reportagem Local | 20 de novembro de 2024
Novorizontino retoma preparação para decisão do acesso ao Brasileirão
Por Da Reportagem Local | 19 de novembro de 2024
Novorizontino empata com Paysandu e decide acesso na última rodada
Por Da Reportagem Local | 19 de novembro de 2024
Pedal Solidário da Unifipa será no próximo domingo