
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou na terça-feira, 11, um dos primeiros grupos focais para definir os cursos que poderão ser oferecidos no futuro campus de São José do Rio Preto. Participaram representantes da Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação (Apeti), da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp) e do Parque Tecnológico. A reunião faz parte de cronograma de consultas que envolverá diferentes setores da sociedade antes da elaboração do documento final para as audiências públicas.
Os debates giraram em torno das dificuldades e potenciais do município, do papel da UFSCar no desenvolvimento local e das áreas mais estratégicas para a oferta de cursos.
As entidades empresariais manifestaram a necessidade de mão de obra qualificada em setores do polo de Saúde, Tecnológico e Educacional, sugerindo a oferta de especializações já no início das atividades do campus. No entanto, a decisão final sobre quais cursos serão oferecidos caberá à UFSCar após a conclusão de todas as consultas e análises.
A carência de profissionais em áreas técnicas e engenharias foi um dos principais pontos levantados. “Temos uma lacuna imensa a ser preenchida. Empresas de Rio Preto e da região metropolitana enfrentam dificuldades constantes para contratar especialistas em TI e engenharia. A chegada da UFSCar pode ser um divisor de águas”, destacou Gerson Pedrinho, presidente da Apeti.
Além da formação de novos profissionais, a UFSCar pode contribuir para o desenvolvimento local por meio de programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) e da implantação de laboratórios multiusuários. “A parceria com outras universidades e empresas permitirá que a inovação e a pesquisa avancem em Rio Preto, consolidando a cidade como polo tecnológico e acadêmico”, reforçou Liszeila Martingo, diretora da Apeti e professora da Fatec Rio Preto.
Segundo Danilo Giroldo, responsável pela implementação da UFSCar no município, a universidade seguirá promovendo novos grupos focais, envolvendo universidades, movimentos sociais, organizações civis, além dos poderes Legislativo e Executivo. “Estamos nos reunindo com diversos setores para apresentar a UFSCar, sua estrutura e seu potencial. A partir das demandas da comunidade, faremos uma análise de conjuntura para definir quais cursos serão mais relevantes para a cidade”, explicou.
Nesta quinta-feira, 13, o debate avança com reunião na Câmara Municipal, onde a frente parlamentar em defesa da faculdade discutirá a integração da UFSCar ao município e suas contribuições para o desenvolvimento de São José do Rio Preto.
A expectativa é que a definição dos cursos ocorra até maio de 2025, após todas as consultas e audiências públicas. Até lá, a universidade seguirá mapeando as principais necessidades da região para garantir que sua chegada traga impactos positivos e atenda às demandas do mercado de trabalho.
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