Tuberculose: se não tratada, doença pode até levar à morte
Pneumologista Egberto Palmegiani Junior indica sintomas e alerta que prevenção começa na infância
Foto: Divulgação - Tuberculose é doença infectocontagiosa e transmissível por gotículas pelo ar
Por Da Reportagem Local | 24 de março, 2023

Antigamente, a tuberculose era considerada quase que uma sentença de morte. Já há algumas décadas, não mais, o Dia Mundial da Tuberculose (25 de março) tem por objetivo lembrar à população de que ela sempre será uma doença grave e com potenciais riscos.

“Se não tratada, a doença pode comprometer muito a saúde e a qualidade de vida, podendo ainda ser transmitida para muitas outras”, alerta o pneumologista Egberto Palmegiani Junior, do Austa Hospital, de São José do Rio Preto.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais registros da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2021, ano dos últimos dados divulgados, foram notificados 68.271 casos novos, o que significa 32 casos por 100 mil habitantes.

“Cada pessoa com tuberculose pulmonar não tratada pode infectar num ano outras 10 - 15 pessoas, sendo, portanto, o efeito multiplicador potencialmente significativo”, ressalta.

O contágio, lembra o médico, é facilitado pelo fato de a tuberculose ser uma doença infectocontagiosa e transmissível por gotículas pelo ar. Ela afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Palmegiani ressalta os sinais e sintomas: tosse seca ou secretava por mais de três semanas, podendo evoluir até para tosse com sangue; cansaço e prostração; febre (baixa) e geralmente no período da tarde e noite; sudorese noturna; falta de apetite; e emagrecimento.

“Importante dizer que alguns pacientes não apresentam sintomas da doença, outros apresentam sintomas leves e inespecífico que passam despercebidos as vezes por meses”, ressalta. “Sintomas podem evoluir por meses sem que a pessoa doente saiba, e ainda pode nesse período estar transmitindo a doença para outras pessoas”, acrescenta o especialista.

Como muitas outras doenças, no caso da tuberculose, prevenir é muito melhor do que remediar. E os cuidados começam na infância, lembra Palmegiani. “A vacina BCG faz parte do calendário vacinal obrigatório para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da doença.”

E quando os primeiros sintomas aparecem, é importante a pessoa consultar-se com um médico pneumologista o mais rápido possível, pois, além de iniciar logo o tratamento, ele pode orientar atitudes para evitar a transmissão.

“Quinze dias após iniciado o tratamento adequado, o paciente deixa de transmitir a doença. O tratamento diário com antibióticos tem duração de 6 meses, deve ser realizado sem nenhuma interrupção e supervisionado por um médico. O tratamento é realizado de forma gratuita e totalmente fornecido pelo SUS, e só termina quando constatada a cura do paciente”, afirma.

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Redação de O Regional

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