O trabalho ‘Sucesso da colaborativa na redução das infecções em um Hospital Universitário’, implantado na UTI do Hospital Emílio Carlos, visando à implementação de medidas para prevenção do risco de infecções primárias e relacionadas à assistência, ficou entre os seis trabalhos finalistas e concorrentes ao prêmio internacional Júlia Lima.
Na final, realizada na terça-feira, dia 9 de julho, no 9º Fórum Latino-Americano de Qualidade e Segurança na Saúde, o projeto recebeu menção honrosa e foi apresentado em poster-eletrônico nos dois dias de programação. O evento foi promovido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, em parceria com o Institute of Health Improvement (IHI), dos EUA.
O Fórum reuniu especialistas nacionais e internacionais renomados na área de gestão em saúde, qualidade, segurança assistencial e experiência no cuidado centrado na pessoa. Nesta 3ª edição do prêmio Júlia Lima, 442 trabalhos das Américas do Norte e Sul foram submetidos à avaliação, 59 elegíveis ao prêmio, mas apenas 6 escolhidos finalistas - quatro brasileiros, um chileno e um colombiano.
Ademilson Ronzani, coordenador de Enfermagem do HEC e corresponsável pelo projeto, explica que o trabalho é resultado do projeto ‘Saúde em nossas mãos – Melhorando a Segurança do Paciente em larga escala no Brasil’, parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional/Proadi-SUS, do Ministério da Saúde, realizado entre os anos de 2022 e 2023. Sob supervisão do HCor/SP, os profissionais envolvidos na UTI trabalharam a implementação de pacotes de medidas (bundles) para prevenção de infecções no setor.
“Os números superaram as metas mínimas exigidas pelo programa. O destaque foi a redução em 86% de infecção primária de corrente sanguínea, enquanto dentre todas as unidades participantes a média geral chegou a 40% na redução”, disse ele.
Outra conquista com esse trabalho será a publicação dos resultados na Revista Científica Internacional BMJ Open Quality, uma das mais conceituadas publicações de assuntos médicos do mundo.
A Fundação foi representada pela diretora de Saúde e Assistência Social, Renata Rocha Bugatti; Adriani Izabel de Souza Moraes, gerente da Qualidade; Raquel Bueno de Campos Garcia, enfermeira da segurança do paciente; Marina Pádua Durante, RT do Serviço de Enfermagem do Hospital Emílio Carlos; Ademilson Ronzani, coordenador de Enfermagem da UTI; Joyce Isabela Froelich, fisioterapeuta; Maria Eduarda Augusto de Oliveira, técnica de enfermagem, e Mariane Fernanda Martins Class, enfermeira.
JÚLIA LIMA
O prêmio refere-se à jovem bailarina de 27 anos, Julia Giuliani Cruz Lima, que faleceu no Hospital Israelita Albert Einstein devido à ocorrência de vários eventos adversos catastróficos para o hospital, em 2015. Na ocasião, o Einstein se uniu à família e criou o Conselho Consultivo de Segurança e Qualidade 'Julia Lima'.
Foram implementadas medidas preventivas e protocolos atualizados com o objetivo de evitar eventos prejudiciais dentro do hospital, o que resultou na preservação de vidas. A partir disso, o prêmio é dado a profissionais e instituições que fazem a diferença para segurança do paciente.
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