Trabalhadores da Etec Elias Nechar podem retomar greve
Impasse surgiu na negociação dos termos de encerramento, já que governo quer pagar salários somente após reposição
Foto: Divulgação/Sinteps - Trabalhadores fizeram manifestação em frente ao Centro Paula Souza em São Paulo
Por Guilherme Gandini | 25 de agosto, 2023

O Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza - Sinteps convocou reunião do Comando Central de Greve nesta sexta-feira, 25, às 17 horas, para avaliar a postura do Governo de São Paulo e votar a retomada da greve iniciada em 8 de agosto e suspensa na segunda-feira, 21. Em Catanduva, professores e funcionários da escola técnica Elias Nechar participam do movimento.

Ao decidir pela suspensão da greve e manutenção do estado de greve, o Sinteps levou em conta a apresentação das diretrizes da revisão da carreira pelo governo estadual, considerada como fruto da greve e definiu diretrizes para a continuidade da luta por direitos.

“Na maioria das avaliações, o movimento foi positivo, com a união de um contingente grande de professores, auxiliares docentes e administrativos em todo o estado, muitos deles em greve pela primeira vez, e que foram às ruas para defender as reivindicações da categoria”, pontuou.

O impasse surgiu quando o Sinteps buscou a negociação dos termos de encerramento da greve. Foi proposta a reposição da jornada, pagamento integral dos salários, novos prazos para entrega dos PTDs - Planos de Trabalho Docente e possibilidade de reposição de aulas a distância.

Sem responder ao ofício do sindicato, a superintendência divulgou na quarta-feira, 23, dois comunicados sobre o assunto. Neles, limita-se a informar que os salários serão pagos somente após a reposição. “Ao mesmo tempo em que pedem o “voto de confiança” da categoria, governador e superintendente atacam os trabalhadores pelas costas”, critica o órgão sindical.

ADESÃO PARCIAL

De acordo com o Comitê de Greve Local, a mobilização na escola técnica Elias Nechar ganhou força na semana passada, sobretudo de quarta a sexta-feira. Aulas chegaram a ser suspensas no período e houve paralisação das atividades na manhã de sexta-feira, 18. Mais de 30% dos trabalhadores aderiram ao movimento grevista, entre docentes e funcionários.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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