O Tietê Agroindustrial/Bax Catanduva sobrou em quadra na tarde de domingo, 16 de abril, quando recebeu o Sodiê Mesquita, do Rio de Janeiro, no Ginásio Anuar Pachá. Ao vencer por 94 a 75, o time alcançou a quarta colocação na Liga de Basquete Feminino (LBF) 2023, com uma campanha de nove pontos, três vitórias e 50% de aproveitamento.
A ala/armadora Thaissa saiu do banco para anotar 21 pontos, 7 rebotes e 6 assistências, terminando como a mais eficiente e, assim, levou o troféu GOL Linhas Aéreas de Melhor Jogadora da Partida. Natalia distribuiu 13 assistências e igualou o recorde da temporada, registrado por Beatriz, do Unimed Campinas. Estreante da tarde, a pivô Barbara, recém-chegada de Portugal, teve 13 pontos e 7 rebotes como titular. Ju Souza trouxe outros 13 pontos, do banco. O Sodiê Mesquita teve 18 pontos da capitã Thayná.
“Acredito que muitos fatores contribuíram para nossa apresentação: conversa, mudança de estratégia do técnico, a defesa e a chegada da Bárbara. Precisamos nos manter assim, treinando muito”, cita a MVP da partida.
O bom desempenho em quadra foi resultado de muita conversa, mas, principalmente, mudanças na estratégia promovidas pelo técnico Cesamar Fernandes, que já havia falado em possíveis alterações após a derrota em Campinas. “Eu vi o que eu queria desde o começo da partida: uma equipe vibrante, com ânimo, marcando forte e saindo para o contra-ataque. Nosso aproveitamento foi excelente”, analisa o treinador.
Muito mais que mudanças táticas, ele espera que suas comandadas entendam que o coletivo é que ganha jogo. “As cinco que começam não são mais importantes que aquelas que vêm do banco. Todas são fundamentais para que o time chegue ao bom resultado, à vitória”, cita.
Segundo ele, a principal característica do time é a velocidade nas jogadas de transição. O que ainda não estava acontecendo como Cesamar queria.
“Faltava entrosamento. Mantivemos quatro, cinco jogadoras que estão acostumadas com nosso estilo de jogo. As que chegaram demoraram um pouco para se adaptar. Está encaixando. Hoje, temos um equilíbrio, pois conseguimos jogar de forma rápida, mas também temos atletas que nos ajudam a pensar, trabalhar a bola e concluir a jogada”, afirma Cesamar.
Boa parte do tempo o time jogou com duas armadoras: Natália e Casanova. A estratégia foi usada para confundir o adversário. “São armadoras com estilos de jogos diferentes. A Casanova é mais agressiva e tem dinamismo para pontuar. A Natália faz a distribuição da bola. Quando as duas jogam juntas, elas dão equilíbrio para o time”, ressalta.
DOMÍNIO NO GARRAFÃO
Com ritmo forte na defesa e apostando em jogadas trabalhadas no garrafão, o Bax Catanduva dominou a partida desde o primeiro minuto. Assim, antes de ir para o intervalo, as donas da casa abriram uma vantagem de dois dígitos. Além disso, na volta dos vestiários, a diferença no placar aumentou ainda mais, chegando a 23 pontos no fim do terceiro período. Contudo, as catanduvenses baixaram o volume de jogo na última parcial para administrar a vitória.
Dos 94 marcados pela equipe de Catanduva, 62 foram feitos dentro do garrafão, um domínio absurdo próximo à cesta. E muitas destas cestas vieram de assistências. Foram 37 assistências das vencedoras contra apenas nove da equipe de Mesquita.
A sétima rodada marcará o fim do 1º turno da LBF 2023, quando o Bax Catanduva joga diante do Sampaio Basquete, na sexta-feira, 21 de abril, na casa das adversárias.
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