SP vai reconhecer resultados de escolas municipais na alfabetização
Anúncio foi feito pelo secretário Renato Feder durante a Bett Brasil; resultado do Saresp será balizador para o pagamento
Foto: Governo de SP - Avaliação de fluência leitora será ampliada para turmas do 2º ao 5º ano em SP
Por Da Reportagem Local | 25 de abril, 2024

Durante a Bett Brasil, evento de inovação e tecnologia para a educação na América Latina, a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc-SP) anunciou o investimento de R$ 180 milhões no Prêmio Excelência Educacional. A proposta é reconhecer financeiramente escolas municipais que atingirem metas no Saresp - Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo.

O anúncio foi feito pelo secretário da Educação, Renato Feder. O prêmio é um dos pilares do Alfabetiza Juntos SP, parceria do Estado com municípios que tem como objetivo alfabetizar 90% das crianças do 2º ano do Ensino Fundamental até 2026. Cada escola que atingir a meta de alfabetização, o Índice de Excelência Educacional, receberá R$ 100 por aluno.

As prefeituras interessadas devem aderir ao Alfabetiza Juntos SP, e aplicar as avaliações de fluência leitora e o Saresp. O primeiro pagamento será depositado para as escolas que atingirem a meta no ano de 2025, com base nas médias de estudantes do 2º e 5º anos do Ensino Fundamental no Saresp deste ano, a ser aplicado no fim do segundo semestre.

As metas serão individuais para cada escola, levando em conta a evolução das notas na comparação do Saresp de 2023 e de 2024 e, assim, sucessivamente; as médias de proficiência em língua portuguesa e matemática; a complexidade e o tamanho de cada escola; o grau de vulnerabilidade; o histórico de notas no Saresp; e a oferta de aulas em tempo parcial ou integral.

TECNOLOGIA

Renato Feder também anunciou a ampliação da avaliação de fluência leitora para todas as turmas do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Até então, o teste era aplicado apenas para estudantes do 2º ano.

O chamado “Fluencímetro” é uma das atividades da Elefante Letrado, ferramenta que oferece acervo digital com 500 obras para todas as escolas estaduais de anos iniciais e agiliza o acesso dos professores aos resultados de leitura dos estudantes, com o apoio de inteligência artificial.

Prefeituras interessadas em utilizar a ferramenta Elefante Letrado devem manifestar interesse até o dia 8 de maio. É preciso seguir alguns requisitos, como conexão à internet.

TEMPO REAL

No teste de fluência leitora, os estudantes devem ler um texto e o áudio é disponibilizado em uma área de trabalho exclusiva do professor regente de sala. A ferramenta oferece ao docente a comparação entre o texto original e o teste de cada aluno e os classifica, a partir da fluência e tempo de leitura, entre os níveis abaixo do básico, básico, adequado e avançado.

A novidade anunciada pelo Estado é que o resultado do teste aparecerá automaticamente na área de trabalho do professor, que consegue comparar os resultados de toda a turma e, ainda, a evolução de cada criança ao longo das edições do ano do teste. Este ano, serão três edições do teste para os anos iniciais: a primeira delas acontece entre 22 de abril e 9 de maio.

Secretária confirma adesão, mas faz ressalvas ao incentivo financeiro

A secretária municipal de Educação, Cláudia Cosmo, confirmou a adesão de Catanduva aos programas do Governo do Estado. No caso do Alfabetiza Juntos SP, a adesão foi feita no ano passado, inclusive com aplicação dos testes de fluência leitora – com direito à premiação pelos avanços obtidos. Na terça-feira, 23, inclusive, foi realizada a primeira formação com professores de 1º e 2º anos, totalizando 65 professores do Fundamental e 104 da Educação Infantil. As próximas adesões serão à plataforma Elefante Letrado e às etapas da Fluência Leitora.

Com relação ao incentivo financeiro proposto pela gestão estadual, ela fez ressalvas: “Entendo que esse tipo de ação por parte do poder público é meritocrática, que em outros tempos na educação foi aplicada no Brasil, tanto a nível estadual como federal, mas principalmente estadual, que era também via Saresp, que gerava o bônus aos professores, seria uma espécie de um 14º salário e agora com essa nova perspectiva se tem também uma nova política meritocrática, mas com um recurso destinado à escola nesse valor de R$ 100 por aluno.”

Claúdia ponderou que, em sua visão pessoal como educadora, o dinheiro não seria o melhor caminho. “Ela é uma ação compensatória, quando o desenvolvimento da educação deveria vir pelo compromisso mesmo de todos aqueles que trabalham com educação, porém, como nós vivemos numa sociedade baseada nessas ações meritocráticas, o governo entende que esse é um caminho que leva à melhoria, usando dessa prática como incentivo à educação”, avaliou.

Autor

Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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