‘Sobrevivemos agora ou vamos fechar santas casas’, diz presidente da Fehosp
Edson Rogatti participou de evento com gestores de entidades da Regional de Votuporanga
Foto: O Regional - Fehosp realizou reunião regional no Anfiteatro Padre Albino nesta quinta-feira
Por Guilherme Gandini | 17 de março, 2023

O diretor-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), Edson Rogatti, mostrou otimismo com as tratativas feitas por ele e gestores da entidade junto aos governos federal e estadual. Ao abrir reunião regional em Catanduva, na manhã de quinta-feira, 16, no Anfiteatro Padre Albino, ele foi taxativo, demonstrando que essa é a melhor chance recente: “Sobreviveremos agora ou vamos fechar santas casas”.

Rogatti frisou que os problemas enfrentados pelas instituições filantrópicas da área da saúde não são de gestão. “É falta de financiamento”, disse, citando que a região poderá ser favorecida por ter um representante à frente da Secretaria de Estado da Saúde, em referência a Eleuses Paiva, ex-deputado federal e ex-vice prefeito de Rio Preto. “Se essa região não for ajudada agora, não vai mais”, brincou, garantindo que Paiva tem olhar diferenciado para as santas casas.

Ao jornal O Regional, o presidente da Fehosp falou que um dos temas do encontro seria a tão aguardada verba de R$ 2 bilhões do Ministério da Saúde destinada às santas casas, que chegará às entidades por meio dos fundos municipais e estadual de saúde. “É uma reivindicação de 2020 que a gente fez agora para a nova ministra Nísia Trindade e conseguiu essa liberação”, celebrou. Outros temas abordados foram os mutirões e mudanças em emendas parlamentares.

Rogatti se disse favorável à proposta do governador Tarcísio de Freitas de regionalização de atendimentos da saúde estadual . “Está bem avançada essa discussão , para que o paciente não precise ficar indo para São Paulo e possa resolver aqui na região, a alta complexidade aqui em Catanduva, Votuporanga e Rio Preto e a média complexidade nas outras cidades vizinhas. O paciente não fica indo para um lugar e pra outro, fica atendido aqui na região mesmo”, explicou.

Com relação à defasagem da tabela SUS, o gestor afirmou que a correção é o caminho para sobrevivência das santas casas. “Estamos há 15 anos com a tabela SUS defasada e agora estamos com projeto de lei na Câmara e Senado para que todo ano a inflação seja repassada para a tabela e que a gente possa, a cada dois ou três anos, ir recuperando 10%, 15%, 20% do que foi perdido no passado. E os hospitais regionais, que fazem a alta complexidade, receberem um plus.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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