Sinos da Igreja Matriz são restaurados, reinstalados e automatizados
Reparo das peças ocorreu simultaneamente ao processo de renovação da construção; objetivo é valorizar a história do patrimônio cultural
Fotos: ARQUIVO PESSOAL - No processo, dois sinos foram restaurados e ambos já estão funcionando na Matriz
Por Stella Vicente | 05 de agosto, 2022
 

Símbolos da Igreja Católica, os sinos da Igreja Matriz de São Domingos de Gusmão de Catanduva passaram recentemente por um processo de restauração. O projeto teve início após o anúncio de que a própria igreja passaria por reformas, ainda em maio de 2021. Foram restaurados dois sinos, um de 1908 e outro de 1927.  

A peça com data de 1908 diz respeito a um sino de cerca de 56 quilos, que pertencia à antiga capela de Catanduva, que existia antes mesmo de o município ser emancipado. Já o sino datado de 1927 pesa cerca de 110 quilos e já era uma aquisição da nova Matriz.  

Segundo o pároco Fábio Pagotto Cordeiro, a ideia principal era que os sinos estivessem prontos antes da novena de São Domingos, que teve início no dia 30 de julho. A meta foi atingida, pois os sinos foram restaurados, reinstalados, automatizados e já estão funcionando desde então.  

“A Matriz é a primeira igreja de Catanduva e sua construção foi iniciada logo depois da chegada de Padre Albino na cidade, em 1919. Naquela época era um dos sinais da presença da Igreja que marcava a vida das pessoas. Padre Albino usou, então, o sino da capela antiga, de 56 quilos, e depois que a Matriz estava pronta ele adicionou outro sino, o de 110 quilos”, explica padre Fábio, atual responsável pela igreja.  

Para a Igreja Católica, o sino é um sinal da presença de Deus que chama e fala com seu povo. Na tradição antiga, eles eram tocados para anunciar as missas, as horas do dia para que o povo se localizasse, e também para indicar acontecimentos como um funeral ou a presença de uma pessoa importante na cidade, por exemplo. Havia até mesmo sonoridades diferentes para cada um destes momentos.  

Na Matriz de Catanduva, os sinos instalados por Padre Albino funcionaram até a década de 1980. Como a estrutura que segurava as peças, feita de madeira, começou a ruir, os sinos foram desmontados e guardados. Desde então pensavam em construir uma nova estrutura que aguentasse o peso, mas isso nunca havia sido feito até os dias de hoje.  

“Agora, com todo esse processo de revitalização da Matriz, que foi tombada pelo poder público municipal como patrimônio histórico e cultural, tanto na parte externa quanto interna, achamos que seria bom os sinos voltarem a marcar presença na história da cidade também”, conta o religioso, que ainda ressalta que essa restauração das peças não faz parte das obras feitas pelo município; foi por conta da própria paróquia.  

Mesmo que o projeto tenha se iniciado ainda no ano passado, o processo todo foi bem rápido. Após a escolha da empresa que faria a restauração, que é da cidade de Dourado, próximo a Araraquara, os profissionais se dirigiram até à igreja e executaram as melhorias nos sinos em apenas 15 dias.  

"Quando as obras na igreja iniciaram, começamos a nos organizar para que os sinos ficassem prontos para a novena de São Domingos. Então foi feito o trabalho de recuperação física, onde foram escovados e pintados; uma nova estrutura, dessa vez metálica para poder suportar os sinos e dar o devido equilíbrio para eles; e a automação”, relata o pároco, que acompanhou todo o processo do início ao fim.  

Com os sinos instalados, as badaladas soam 30 e 10 minutos antes das Santas Missas, e também para marcar o horário da Ave Maria, ao meio-dia e 18 horas.  

 

Igreja também passa por reformas  

Padre Fábio falou sobre o processo de restauro que está sendo feito na Igreja Matriz. “De um tempo para cá, a Matriz sempre foi pintada de uma cor única. Olhando as fotos antigas se viu que os detalhes, e ela tem vários, tinham um destaque. Supomos que os detalhes eram na cor marrom, por causa do tom, e a partir disso a Prefeitura optou por fazer uma pintura que buscava imitar o passado”, diz.  

Dessa forma, explica, o objetivo é trazer o máximo possível de similaridade com a pintura original da Matriz, para que possa ser mostrada a riqueza de detalhes externos da igreja. O processo acabou demorando mais do que o previsto, devido à minuciosidade do trabalho na fachada, e o prazo para a reforma precisou ser prorrogado.  

A última reforma da Matriz foi feita ainda em 2010, quando a Prefeitura revitalizou a praça e a igreja recebeu novas cores em tons pastéis e areia.   

Detalhes da parte exterior da Igreja foram pintados de uma cor diferente para ter mais destaque 

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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