O Sindicato da Saúde de Catanduva está cobrando solução para a situação dos colaboradores do Hospital Mahatma Gandhi. Segundo o órgão, os trabalhadores estão enfrentando todo tipo de atraso com relação aos salários e outros direitos: tem gente com salário atrasado, outro sem vale-alimentação, funcionários em férias sem o adicional e desligados sem o acerto trabalhista.
“Eu reuni o jurídico do sindicato para acionar a Justiça e fazer cumprir o que está acordado. Com os funcionários dos postos de saúde e da UPA com os salários em dia, dá a impressão que está tudo bem com o Mahatma Gandhi, mas não está. A situação de quem trabalha dentro do próprio Hospital Mahatma Gandhi é preocupante”, pontua o presidente do sindicato, José Vendramini.
Segundo ele, a empresa interventora que foi nomeada pela Justiça afirma que depende justamente de liberação judicial para fazer cada pagamento, mas ao mesmo tempo não tem dialogado com a entidade. “A organização de saúde tem que atender o sindicato e o trabalhador”, critica, fazendo referência à FVS Administração e Gestão Judicial.
No mês passado, a atual gestora da Associação Mahatma Gandhi informou que alguns pagamentos estão pendentes devido a bloqueios judiciais diários enfrentados pela instituição, impedindo qualquer movimentação financeira. O problema, segundo a FVS, começou em 2022, em razão de processos trabalhistas ajuizados contra a organização social de saúde.
A interventora afirmou que para viabilizar pagamentos diante dos bloqueios, os ex-diretores do Mahatma Gandhi, afastados pela Justiça no início de agosto, lançavam mão de práticas não usuais sob o ponto de vista financeiro. Para driblar a crise, a FVS diz estar negociando com as prefeituras – mas não mencionou providências relacionadas ao Hospital Mahatma Gandhi.
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