O avanço tecnológico na área da saúde traz consigo desafios éticos complexos. Para debater esse tema, o 5º Simpósio Internacional de Ensino e Pesquisa em Saúde da Faculdade de Medicina Faceres (SIEPS), de São José do Rio Preto, reúne, entre os dias 25 e 28 de setembro, pesquisadores de renome internacional em um evento online gratuito.
A professora doutora Tamara Veiga Faria, integrante do comitê organizador do evento, destaca que a internacionalização do simpósio é o reconhecimento do trabalho realizado pela Faceres, especialmente pelo Departamento de Pesquisa e pelo Comitê de Ética em Pesquisa, em parceria com a Rede Acadêmica das Ciências da Saúde da Lusofonia (RACS).
Cerca de três mil pessoas fizeram sua inscrição. Integração de novas tecnologias, inteligência artificial, condução de pesquisas em diferentes países, avanços e desafios na pesquisa em diversas especialidades de saúde, além das implicações éticas no contexto da pesquisa, segurança do participante de pesquisa no cenário brasileiro atual, ética na educação em saúde diante dos avanços tecnológicos, e ética na morte e no uso de cadáveres humanos para o estudo da anatomia, serão temas apresentados e discutidos no evento.
Tamara Faria ressalta a crescente importância e impacto do evento, que a cada edição fortalece as parcerias nacionais e internacionais. Ela destaca ainda o Workshop Café Virtual, que será realizado no último dia do evento, reunindo comitês de ética brasileiros para compartilhar experiências em conjunto com o Sistema Nacional de Ética em Pesquisa, e reafirmando o compromisso do SIEPS em promover a integridade e a ética na pesquisa em saúde.
"A realização de ambos os eventos aprimora as atividades de pesquisa na Faceres, com base no princípio de que a ética é fundamental para garantir a integridade e a credibilidade das descobertas científicas", afirma.
Para a professora doutora Talita Valentino, coordenadora de Pesquisa da Faceres e do comitê organizador do simpósio, à medida que as tecnologias se tornam mais sofisticadas, é preciso garantir que seu uso seja guiado por princípios éticos sólidos, que respeitem a dignidade humana. “Toda e qualquer pesquisa científica envolvendo seres humanos deve ter por fundamento os princípios da autonomia, não maleficência, beneficência, justiça e equidade”.
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