Saxofone doado por família é usado em homenagem feita pela Secretaria de Cultura
Instrumento, que pertenceu a catanduvense que morreu de câncer, será utilizado pela orquestra de Catanduva
Foto: ARQUIVO PESSOAL - Um dos pontos de maior emoção do concerto foi a apresentação da trilha sonora do filme ‘Gladiador’, indicada pela família
Por Rodrigo Ferrari | 27 de outubro, 2022

Thiago Ramazzini Martino era bancário em morava em Catanduva. Um dos seus hobbies favoritos era a música. Segundo sua irmã, a jornalista e publicitária Érika Martino, desde o momento em que acordava, até a hora em que voltava do trabalho para a casa, a vida dele era embalada pelos acordes e melodias. “Principalmente trilhas sonoras”, recorda-se ela.

Thiago morreu de câncer, há mais de dez anos. Recentemente, há pouco mais de um mês, Érika resolveu doar um saxofone que pertenceu ao irmão, para a Secretaria Municipal de Cultura de Catanduva.

Para sua surpresa, na semana passada (21), o instrumento foi utilizado no 3º Concerto Sinfônico, promovido pela secretaria no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no Higienópolis.

“No dia em que levei o saxofone para doar, a secretária (Luzia Aparecida de Brito Girade) me acolheu, pegou meus dados e disse que, quando ele fosse ser usado pela primeira vez, iria nos avisar. E foi o que aconteceu. Na semana passada, ela entrou em contato comigo, perguntando qual era a música favorita de meu irmão”, diz Érika.

Um dos pontos altos e de maior emoção do concerto foi justamente a apresentação da trilha sonora do filme “Gladiador”, indicada pela família, como forma de homenagem ao antigo dono do saxofone. “Meu irmão sempre foi muito fã desse filme”, explica Érika.

RELAÇÃO COM A MÚSICA

Quando criança, conta Érika, Thiago costumava brincar de ser maestro, sendo o regente de uma orquestra imaginária. Depois de adulto, a vida acabou levando Thiago para outros caminhos profissionais.

Ainda assim, pouco antes de adoecer, ele resolveu comprar um saxofone e fazer algumas aulas. “Ele adorava Kenny G", diz Érika. Thiago não teve a oportunidade de avançar em seus estudos no instrumento. Aos 32 anos de idade, ele acabou falecendo.

O saxofone foi uma das várias lembranças deixadas para a família, que, agora, espera que o instrumento possa ser usado para levar alegria a outras pessoas. “A ideia é proporcionar bons momentos e música boa para as pessoas. Meu irmão ficaria feliz, pois sempre teve um bom coração. E a música é uma forma de manter a memória dele viva”, afirma.

Autor

Rodrigo Ferrari
É jornalista de O Regional.

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