Saúde de Catanduva emite alerta para riscos do metanol
Vigilância Sanitária intensificará fiscalização; Hospitais e UPA receberam orientações
Foto: João Valério/Governo de SP - Fiscalização foi intensificada após mortes com bebidas adulteradas
Por Da Reportagem Local | 05 de outubro, 2025

A Secretaria Municipal de Saúde de Catanduva, com base em nota técnica recebida da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, divulgou alerta à população sobre os graves riscos da intoxicação por metanol — substância altamente tóxica que pode provocar cegueira permanente e até mesmo a morte.

O alerta ganha ainda mais importância diante da confirmação de vários óbitos em São Paulo por suspeita de intoxicação por metanol, conforme informou o Governo do Estado.

Em Catanduva, a Secretaria de Saúde enviou recomendações para as diretorias clínicas dos hospitais Padre Albino, Emílio Carlos, São Domingos e Mahatma Ghandi, assim como para a direção da UPA, para identificar rapidamente casos suspeitos e agir de forma imediata no atendimento.

Paralelamente, a Vigilância Sanitária (VISA) vai intensificar a fiscalização em bares, mercados e outros pontos de venda, com o objetivo de identificar e retirar de circulação bebidas alcoólicas adulteradas que possam representar risco à população.

Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente como intoxicação exógena no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). É fundamental registrar dados sobre a bebida ingerida, o local de compra e outras pessoas que possam ter consumido o mesmo produto.

SINTOMAS

Os sinais iniciais da intoxicação podem surgir até 6 horas após a ingestão da bebida contaminada: sonolência, tontura, dor abdominal, náuseas, vômitos, dor de cabeça e confusão mental.

Entre 6h e 24h, os sintomas podem evoluir para alterações visuais graves (como visão turva, fotofobia e perda da visão das cores), convulsões, coma e acidose metabólica. Casos mais graves podem causar cegueira irreversível, insuficiência renal e até óbito.

O QUE FAZER

A Secretaria de Saúde reforça a necessidade de não consumir bebidas alcoólicas de origem duvidosa ou clandestina e de procurar atendimento médico imediato diante de sintomas após ingestão. O consumo de produtos adulterados representa risco grave à saúde e à vida.

São Paulo tem 2.500 ampolas do antídoto

A Secretaria de Estado da Saúde disponibilizou, a partir de sexta-feira, 2 mil novas ampolas de álcool etílico absoluto para o tratamento de pacientes com intoxicação por metanol. Além desse reforço, já havia 500 unidades em estoque nos serviços de referência do Estado.

O novo lote foi destinado aos centros de referência estaduais: Hospital das Clínicas de Campinas, de Ribeirão Preto e de São Paulo. Os serviços de saúde dos 645 municípios devem solicitar as ampolas diretamente com os centros de referência a partir da notificação de casos suspeitos.

Além do antídoto, a rede estadual reforçou a estrutura laboratorial para confirmar a presença da substância no organismo. O novo protocolo prevê que as amostras de sangue ou urina coletadas em casos suspeitos sejam analisadas em até uma hora pelo laboratório da USP de Ribeirão Preto.

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Da Reportagem Local
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