Safra de laranja do cinturão é reestimada em 307,22 milhões de caixas
Ocorrência de chuvas abaixo da média, colheita acelerada e aumento do greening impactam o crescimento e queda de frutos
Foto: Divulgação/Fundecitrus - Laranjas das variedades precoces beneficiaram-se das chuvas do início do ano
Por Da Reportagem Local | 12 de dezembro, 2023

A segunda reestimativa da safra de laranja 2023/24 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, que engloba a região de Catanduva, foi divulgada nesta segunda-feira, 11, pelo Fundecitrus, com 307,22 milhões de caixas de 40,8 kg. Foi confirmada redução de 2,12 milhões de caixas em relação à projeção inicial divulgada em maio.

Essa redução se deve principalmente à diminuição do tamanho dos frutos das variedades Pera Rio, Valência, Valência Folha Murcha e Natal, que não estão atingindo os tamanhos projetados por causa do volume de chuvas abaixo da média histórica, que persiste desde o início das colheitas na maior parte do cinturão citrícola, conforme explica o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Vinícius Trombin.

“As laranjas das variedades precoces, que já foram colhidas praticamente em sua totalidade, beneficiaram-se das chuvas abundantes do início do ano, o que provocou aumento de 2,27 milhões de caixas, contempladas na reestimativa de setembro. Porém, as produções das variedades que estão sendo atualizadas agora foram impactadas pelas chuvas abaixo da média histórica no acumulado desde maio, levando a uma redução de 4,39 milhões de caixas na estimativa de produção dessas variedades. Em razão disso, a variação total é de 2,12 milhões de caixas”, completa Trombin.

Outro fator importante é o ritmo mais acelerado com que a colheita está progredindo, resultando em um período mais curto para o desenvolvimento dos frutos e uma quantidade significativa de laranjas colhidas antes da estação mais chuvosa do ano, época em que ocorre maior enchimento das frutas.

Além disso, o aumento da intensidade do greening também afetou o crescimento das laranjas, pois observa-se variação no tamanho dos frutos em regiões com diferentes níveis de severidade da doença. Essa redução na safra não é ainda mais significativa porque a taxa de queda prematura de frutos dessas variedades, com exceção da Natal, está menor do que a projetada, compensando parcialmente a redução do tamanho das laranjas.

A Pesquisa de Estimativa de Safra é realizada pelo Fundecitrus em parceria com a Markestrat, FEARP/USP e FCAV/Unesp.

QUEDA E PESO MÉDIO

A projeção da taxa de queda de frutos é revisada de 21% para 19%, em média, considerando todas as variedades. Na atual reestimativa, são necessários 255 frutos para formar uma caixa de 40,8 kg, oito frutos a mais em comparação ao cenário de maio, dado que as laranjas, no geral, estão menores do que o previsto.

Assim, os frutos devem encerrar a safra com 160 gramas, contrastando com o peso médio inicialmente projetado de 165 gramas. Se isso se confirmar, as laranjas apresentarão peso inferior ao da média dos últimos 10 anos, que é de 163 gramas.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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