Rotary Club faz conscientização para incentivar vacinação contra a pólio
Instituição faz parte da luta contra a doença desde 1979, contribuindo financeiramente com campanhas no mundo todo
Crédito: Divulgação - Em Catanduva, o Rotary pretende trabalhar em parceria com os funcionários da Prefeitura
Por Stella Vicente | 17 de outubro, 2023

O Rotary Club de Catanduva, por mais um ano, incentiva a vacinação contra a poliomielite. A instituição faz parte desta luta desde 1979 e contribui financeiramente com campanhas no mundo todo. De acordo com o governador do Distrito 4480, Eder Bocchini, a data 24 de outubro é também o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, e por esse motivo, a entidade promoverá ações de conscientização no município, em parceria com órgãos da Saúde.

A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino. A infecção se dá pelo contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas infectadas, podendo ou não, causar paralisia.

“Em 1908 foi descoberto, realmente, que a pólio era causada por um vírus. E, em 1916, foi o primeiro surto de poliomielite que aconteceu no mundo, foi em Nova York, onde 2 mil pessoas morreram, no total de 6 mil que ficaram paraplégicas e/ou acamadas por causa desse vírus e aí o pessoal começou a realmente se preocupar com esse vírus. A primeira vacina que surgiu foi em 1955 e era com o Dr. Jonas Salk, que era uma vacina normal, e depois, em 1960, foi a vacina oral que quem descobriu, quem fez ela, foi o Dr. Albert Sabin”, explica Bocchini.

Diante deste cenário, os Rotary Clubs decidiram comprar e distribuir essas vacinas, visto que o combate às doenças é uma das sete áreas que a instituição tem como foco. As demais são a paz mundial, o saneamento básico, a saúde de mães e filhos, a educação, o desenvolvimento econômico e o meio ambiente. Hoje, são 1,4 milhões de rotarianos ao redor do mundo, financiando projetos sustentáveis com cerca de 333 milhões de dólares direcionados a iniciativas humanitárias e globais.

“Em 1979 o Rotary decidiu assumir essa vocação de cuidar da saúde e foi a primeira instituição privada que absorveu a causa para ajudar a população do mundo. Foram feitos investimentos na Filipinas, onde houve um surto muito grande. Em 1985 o Rotary Internacional lança a campanha Pólio Plus e desde então vem arrecadando verbas e condições para adquirir essas vacinas e para se ter uma logística de pessoas para fazer essas vacinas, que é o mais importante, e também chegar até a população mais carente”, esclarece.

Com esse empenho, e juntamente com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial de Saúde (OMS) e demais governos foi possível erradicar a doença mundialmente. Mais recentemente, em 2009, o Rotary conquistou uma parceria com o empresário Bill Gates, por meio da Fundação Melina Gates, onde a cada um dólar que o Rotary arrecada são acrescidos mais dois.

“Nossa arrecadação triplicou e chegamos a atingir 800 milhões de dólares aplicados e investidos na erradicação da poliomielite. Hoje, há apenas dois países que ainda encontram alguns casos de poliomielite, que é o Afeganistão e o Paquistão, pela própria dificuldade de chegarmos lá e pelas guerras internas que esses países vivem, então é dificultoso você chegar para vacinar essas crianças”, diz o governador do Distrito 4480.

Em Catanduva, pensando no Dia Mundial de Combate à Poliomielite, o Rotary pretende trabalhar em parceria com os funcionários da Prefeitura, que atuam na área da Saúde, em específico com os próprios vacinadores, os próprios enfermeiros, os técnicos que fazem a aplicação do imunizante.

“É um trabalho incansável. Vamos rodar todos os postos de saúde no Brasil, produzimos cartazes com logísticas em várias praças do país inteiro para provocar a população para que ela realmente compareça para tomar essa vacina que é muito importante para a saúde das crianças”, ressalta.

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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