São José do Rio Preto e região recebem, no dia 14 de dezembro, testes coletivos da Associação Mensa Brasil, que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no país e representante oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo. O objetivo é identificar pessoas com inteligência muito acima da média, chamadas de “superinteligentes”.
As avaliações são destinadas às pessoas com 17 anos ou mais e que estejam cursando ou que tenham cursado o ensino superior, ainda que incompleto. O local e horário são informados de maneira individual e privada aos inscritos. Os testes são feitos de forma presencial, com o acompanhamento de um profissional de psicologia, conforme diretrizes do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Os cidadãos da cidade e região poderão fazer a inscrição pelo website da Mensa Brasil, no link https://mensa.org.br/.
Segundo Carlos Eduardo Fonseca, presidente da Associação Mensa Brasil, o tema das altas capacidades cognitivas é de suma importância para o desenvolvimento do país. “Identificar pessoas com inteligência alta é ferramenta fundamental para ajudar o Brasil a desenvolver políticas públicas de superdotação e altas habilidades, que hoje não alcançam a população a ser atendida. Se, de 3 a 5% da população é superdotada e menos de 27 mil têm atendimento na educação escolar, por exemplo, significa que o Brasil falha em identificá-los”, explica.
“Trazer esse problema para o debate público é imprescindível para alcançarmos o pleno atendimento dos direitos de indivíduos com alta inteligência. A Mensa tem papel fundamental neste trabalho, no sentido de contribuir com processos de identificação e proporcionar ambientes que ajudem no desenvolvimento de potenciais de seus membros”, observa o presidente da entidade.
A Mensa Brasil recomenda aos governos brasileiros a adoção de sistema nacional estruturado de avaliação da inteligência de crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, tanto nas instituições de ensino públicas quanto nas privadas. A medida já é aplicada em diversos países, com resultados importantes e positivos.
Na visão da entidade, o modelo serviria de base para a ampla identificação dos chamados superinteligentes, ainda nos primeiros anos de escolarização, contribuindo para um melhor direcionamento, desenvolvimento e aproveitamento dos potenciais intelectuais no Brasil, contribuindo para a evolução destes indivíduos e beneficiando a sociedade brasileira.
Atualmente, a entidade possui 4 mil brasileiros com superdotação/altas habilidades identificados no território nacional. Desse total, o estado de São Paulo lidera com 1.700 superinteligentes. Em seguida estão Rio de Janeiro, com 423 pessoas, Minas Gerais, com 322, Paraná, com 308, e Distrito Federal, com 250.
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