A Seleção Brasileira de Efootball, que leva o nome de Brasil Elite, tem o catanduvense Juan Rodrigues, o Juan Capita, 18 anos, como um dos integrantes. Ele foi convocado para disputar a Copa do Mundo de Efootball Mobile, depois de participar de uma fase de testes em partidas internacionais. O grupo caiu na semifinal da Copa América, mas o Capita conseguiu destaque.
Em agosto de 2021, a história do jovem foi contada pelo Jornal O Regional, quando ele apareceu na lista dos 37 melhores jogadores do país, segundo entidades ligadas ao cenário do PES Mobile, versão para celular da famosa franquia de jogos de futebol para videogame da Konami.
“De lá pra cá, muita coisa mudou, consegui arrumar patrocínios que me ajudaram a comprar um celular novo, feito especialmente para jogar e sem dúvida minha jogabilidade melhorou 100%. A equipe da Remo Esports, por problemas de má gestão, infelizmente se desfez e eu fechei parceria com a V7 Gaming, onde hoje sou o Diretor de Efootball Mobile”, conta.
Os jogos da Seleção Brasileira são disputados em sua casa, no ambiente mais silencioso possível, para favorecer a concentração. “Infelizmente o Efootball Mobile não tem essa estrutura de juntar os players em um mesmo lugar, mas vem crescendo cada dia mais e, eu tenho fé, acredito que em breve vai ter esses momentos para jogar competições importantes como essa”.
A única dificuldade, confidencia Capita, é com relação ao idioma. “Jogamos com a equipe da Malásia e o vocabulário dos caras é muito difícil. Você tem que conversar em inglês, porque para traduzir é mais fácil. Está sendo uma experiência muito boa, diferente. Queira ou não, é algo importante para o currículo e uma felicidade grande representar nossa seleção”.
A competição tem formato idêntico à Copa do Mundo real. Superada a fase de grupos, com quatro times e apenas dois classificados, o Brasil superou Malásia, Guatemala e Bolívia. Nas oitavas-de-final, o adversário foi o Equador. Nas quartas, que começam hoje, o time brasileiro enfrentará o Panamá. A delegação é composta por 20 jogadores, mas apenas 10 atuam.
TRAJETÓRIA
Juan Capita, morador do Solo Sagrado 1, teve o primeiro contato com o E-Sports Mobile aos 13 anos, mas, sem um celular adequado, jogava apenas offline. Nessa época, chegou a atuar pelos times sub-15 do Rio Preto e Catanduva, mas, já afastado dos gramados reais, começou a tomar gosto pelas partidas digitais.
Jogando pelo extinto Clube do Remo, Capita passou pela base e subiu para o profissional, sagrando-se campeão do Brasileirão da Série D. O desempenho do catanduvense chamou a atenção da comunidade gamer quando ele abocanhou sete títulos individuais em um único mês, depois de mergulhar nos estudos sobre funções táticas, escalações e estratégias de jogo.
“Para chegar nesse nível, é preciso treinar e procurar saber o jogo. Não é só jogar, achar que o seu time está bom, porque está bom no papel, tem só jogador bom. Você tem que entender a sua formação, a que você se encaixa melhor, entender cada função dos jogadores, pois cada um tem um estilo de jogo. Você tem que entender o jogo e táticas para ter o melhor desempenho”.
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