Levantamento do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) revelou que, entre janeiro e maio deste ano, a região de São José do Rio Preto – atendida pelo Ciesp Noroeste Paulista, alcançou US$ 714,7 milhões em exportações, representando aumento de 31,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já as importações somaram US$ 136,5 milhões, o que significa crescimento de 16,9% frente ao mesmo período de 2022. Como resultado, o superávit comercial, que representa a diferença entre as exportações e as importações, registrou US$ 578,2 milhões.
Os principais itens exportados pelas 102 cidades da regional do Ciesp Noroeste Paulista foram açúcares e produtos de confeitaria (57,2%), carnes e miudezas (12,4%) e preparações alimentícias diversas (8,9%). Por outro lado, as importações foram principalmente de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (26,9%), peixes e crustáceos, moluscos (25,4%) e leites, laticínios e ovos de aves (13,7%).
Para o diretor de Exportações do Ciesp Noroeste Paulista, Rodrigo Bechara, o resultado é positivo, mas ainda é preciso incentivar as exportações. "Os números mostram um avanço significativo para a nossa região, porém, vale ressaltar que os bons números ainda estão abaixo do potencial de nossas indústrias e que necessitamos trabalhar muito para expandir a cultura exportadora no Noroeste Paulista", disse.
"Com o mercado cada vez mais globalizado, a necessidade de buscar novos mercados, principalmente no exterior, é uma realidade das empresas", completou Bechara.
A diretora titular do Ciesp Noroeste Paulista, Aldina Clarete D'Amico, também celebrou os resultados. "No primeiro trimestre deste ano, nossa região registrou um superávit muito bom, e agora, nesse novo balanço de janeiro a maio, mostrou que novamente fechamos com um superávit. É bem gratificante ver nossa região iniciando 2023 tão bem. Isso nos motiva ainda mais a continuar o trabalho que vem sendo feito na indústria", salientou.
Sozinha, Catanduva exportou US$ 106,8 milhões
De janeiro a maio, as exportações feitas pelas empresas com sede em Catanduva totalizaram US$ 106,8 milhões, ao passo que as importações chegaram a US$ 33,7 milhões. Com isso, o saldo da balança comercial do município, nos primeiros cinco meses do ano, foi de US$ 73,11 milhões.
O desempenho colocou a cidade como 51º maior exportador paulista no período, superando inclusive grandes centros. Como comparação, São José do Rio Preto vendeu US$ 16,4 milhões ao mercado exterior e importou US$ 69,2 milhões, amargando déficit de US$ 52,86 milhões.
Os principais parceiros comerciais das empresas catanduvenses foram a China (13%), Arábia Saudita (9,7%), Argentina (9,6%), Itália (9,1%) e Japão (8,2%). Nas importações, a Dinamarca desponta com 59%, seguida por Paraguai (15%), Argentina (11%), Itália (7,4%) e China (6%).
O açúcar liderou as exportações, com US$ 42,5 milhões, participação de 40% e alta de 146,3%, seguido pelos extratos, essências e concentrados de café, com US$ 37,1 milhões, fatia de 35% e variação de 44,2%. O óleo de amendoim aparece a seguir, com US$ 18,9 milhões e 18%.
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