Região de Catanduva tem quase 18 mil alertas de imóveis com cães
Profissionais de concessionária de energia elétrica utilizam dispositivos móveis para registrar locais que oferecem risco
Foto: Divulgação - Alertas sobre cães registrados via sistema ajuda a evitar incidentes futuros
Por Da Reportagem Local | 04 de agosto, 2024

Se imagine caminhando a trabalho em uma rua e, de repente, dois cães de grande porte sinalizam um ataque. O colaborador percebe a investida e consegue evitar o acidente utilizando o conhecimento adquirido em treinamentos e orientações promovidos pela Energisa SulSudeste. A situação é verídica e aconteceu com o leiturista Willian Carlos Corrêa, que ressalta a importância das ações preventivas promovidas pela concessionária aos colaboradores.

Há algumas semanas, Willian seguia por um lado da rua realizando os procedimentos orientados pela empresa. “Somos treinados e orientados a olhar tudo ao redor quando andamos em alguma rua e ficar sempre atento”, explica. Quando chegou a um ponto, o leiturista notou que havia dois cães da raça pitbull em um imóvel. Ele olhou o portão e viu que estava fechado. Até aí, tudo bem e Willian virou as costas para realizar a medição na casa à frente.

“Temos que ficar com os ouvidos ‘ligados’ e, mesmo de costas, ouvi o barulho do portão e, em seguida, dos dois [cães]”, lembra o leiturista. Rapidamente, o leiturista conseguiu afastar os cães e se desvencilhar de um ataque. 

Os animais retornaram para o imóvel e foram presos pelo dono. Apesar de não receber nenhuma palavra do tutor dos cães, o leiturista da Energisa reforça que a situação poderia ter sido evitada com o cuidado prévio do morador ao abrir o portão.

Com um ano e meio de empresa, Willian enfatiza que as ações preventivas foram importantes para evitar um acidente grave. “Somos instruídos a ficarmos sempre atentos e a evitar barulhos que possam incomodar os cães”, conta. O leiturista ainda explica que o treinamento com o Canil da Polícia Militar também foi valioso, pois ensina sobre os comportamentos agressivos dos cachorros e como agir diante dessas situações.

“Aprendemos que os cães são extremamente territorialistas e não sabem que estamos fazendo a leitura, simplesmente querem defender seu espaço. É um risco que pode ser evitado e, para isso, cabe a nós avaliarmos o risco e, principalmente, a consciência e responsabilidade dos moradores”, finaliza Willian. 

PREVENÇÃO NAS RUAS

Atualmente, os leituristas da Energisa contam com a tecnologia para ajudar na prevenção aos ataques de cães. Utilizando os dispositivos móveis de trabalho (smartphones), eles fazem o cadastro de localidades perigosas, servindo de alerta aos demais profissionais, a fim de evitar possíveis incidentes futuros.

Com essa prática, 17.858 imóveis foram sinalizados com o alerta de presença de cães e risco de ataques, na região de Catanduva. Em toda a área de concessão da empresa, até 29 de julho, o sistema apontava 74.644 unidades com alertas de cão.

Além do dispositivo tecnológico, os leituristas também passam por treinamentos periódicos e orientações internas - com o apoio do Canil da Polícia Militar. Porém, a empresa reforça que muitos acidentes podem ser evitados com a conscientização, especialmente nos imóveis onde os cachorros circulam livremente e têm acesso à área do padrão de energia.

O coordenador de Leitura da Energisa Sul-Sudeste, Sidney Aparecido Lúcio, enfatiza que por mais que a empresa invista nesses aportes visando a prevenção de acidentes dos funcionários, a conscientização e apoio da comunidade são imprescindíveis.

“Nós sabemos que os animais, até os domesticados, costumam atacar apenas quando querem proteger território, alimento, brinquedo ou filhotes, por exemplo. E, por mais que o leiturista visite a localidade mensalmente, para o animal trata-se de uma pessoa desconhecida, o que pode motivar um ataque”, destaca.

Autor

Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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