Dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados na semana passada pelo IBGE, mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 93% e a de analfabetismo foi de 7%. No Censo 2010, os índices eram 90,4% e 9,6%.
Essas e outras informações fazem parte da divulgação Censo Demográfico 2022 Alfabetização - Resultados do Universo. O tema é investigado desde o primeiro Censo realizado pelo país, em 1872. Em 1940, menos da metade da população (44,0%) era alfabetizada.
A queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo mais jovem de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com o maior indicador (20,3%), mas teve a maior queda em três décadas, passando de 38% em 2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, redução de 17,7 p.p. desde 2000 (queda de 46,7%).
“Esse comportamento reflete, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 90, e a transição demográfica, que substituiu gerações mais antigas e menos educados por gerações mais novas e mais educadas”, explica Betina Fresneda, analista da pesquisa.
Ainda que o problema tenha sido atenuado nas últimas décadas, o Nordeste continua com o índice de analfabetismo mais alto do país, 14,2%, o dobro da média nacional. Em comparação à última edição da pesquisa, de 2010, houve relativa melhora, de 80,9% para 85,7% de alfabetizados no Nordeste.
A disparidade regional, no entanto, continua acentuada porque o Sul, com o melhor índice do país, chegou ao patamar de 96,6% de moradores que sabem ler e escrever.
REGIÃO
De acordo com o IBGE, Catanduva e as cidades da sua microrregião seguem essa mesma tendência do sul do país. Em todos os municípios pesquisados pela reportagem, a taxa de pessoas que sabem ler e escrever está acima de 90%.
Em Catanduva, 93.470 pessoas com 15 anos ou mais são alfabetizadas, o que representa 96,8% da população. Os números de Novo Horizonte mostram índice de 94,6%, ou seja, 29.861 pessoas.
Nas cidades com densidades demográficas medianas, as taxas também são altas, como é o caso de Itajobi, com 13.486 alfabetizados, representando 95,5%. O mesmo acontece com o Pindorama, com 11.591 (95%), Santa Adélia 11.137 (95,6%), e Urupês 11.036 (95,2%).
A tendência permanece nos municípios com populações menores, casos de Ibirá, com 9.181 alfabetizados (94,8%), Palmares Paulista, com 7.247 (93,1%), Ariranha 6.031 (94,3%), Catiguá 5.486 (95%), Paraíso 4.785 (94%), Novais 3.284 (94,5%), Marapoama 2.587 (94,9%) e Elisiário 2.428 (93,6%).
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