Recanto Nosso Lar faz palestra alusiva ao Dia Mundial do Alzheimer
Evento terá palestras dos neurologistas Sinval Banhos, Emílio Herrera Jr. e Gustavo Herrera na noite desta sexta-feira
Foto: O Regional - Associação Recanto Nosso Lar está celebrando 30 anos de existência em 2024
Por Guilherme Gandini | 20 de setembro, 2024

O Recanto Nosso Lar promoverá evento em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer, celebrado em 21 de setembro. A atividade será nesta sexta-feira, 20, às 19h30, no Senac Catanduva, com o tema “A instituição de longa permanência para idosas”, em referência ao trabalho desenvolvido pela entidade, que atende idosas com Alzheimer.

Os palestrantes convidados serão os médicos neurologistas Sinval Sinter Banhos, Emílio Herrera Jr. e Gustavo Herrera. A entrada é gratuita e não é necessário retirar convites.

O Dia Mundial do Alzheimer é utilizado anualmente pelo Recanto Nosso Lar para realização de palestras e divulgações sobre o trabalho da instituição. A assistente social Vanessa Fujitani, uma das organizadoras da ação, convida a todos a prestigiarem o evento. “É uma oportunidade para conhecer mais sobre a doença e como lidar com o paciente com Alzheimer”, pontua.

A Associação Beneficente Recanto Nosso Lar iniciou suas atividades em 1994, depois de dois anos de preparativos, e está celebrando 30 anos de existência em 2024. Tudo começou pelas mãos de voluntários de decidiram abrigar senhoras idosas com Alzheimer e outras doenças congêneres, oferecendo tratamento médico, assistência material e espiritual, além de carinho.

Nesse período, a instituição já cuidou de mais de 400 idosas e tem, atualmente, 40 residentes com idades entre 60 e 100 anos. O corpo de trabalho envolve médico, enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem, cuidadores de idosos, nutricionista, psicóloga, assistente social, cozinheiras, copeiras e faxineiras. A entidade funciona na rua Terezina, 1.106, no Centro.

Segundo o presidente da instituição, Anelino de Jesus Rocha, o Lino, logo no primeiro ano foi possível constatar que as senhoras portadoras de Alzheimer não tinham onde ficar, por não serem acolhidas pelas outras entidades. “Misturar pessoas com demência com outras que gozam da razão é muito difícil, então foi opção minha começar a trabalhar com o Alzheimer”, conta.

Ele frisa que até hoje o atendimento às pessoas com doença mental é mais difícil e exige equipe maior do que a vista em outras instituições. Isso é comprovado pelos números do Recanto Nosso Lar, que tem quase um profissional para cada interna. “Muitas dessas pessoas precisam de um cuidado especial que a família não tem condições, espaço ou conhecimento técnico.”

Ao longo dos anos, o trabalho foi conduzido com o apoio das organizações da sociedade civil, clubes de serviço e da população, que faz doações. “Sem esse apoio a gente não conseguiria tocar a entidade”, garante. Foi assim, aos poucos, que o prédio foi sendo ampliado, que as normas da legislação foram sendo atendidas e que mais senhoras passaram a ser acolhidas.

Atenção aos primeiros sintomas

A Doença de Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência. Trata-se de condição progressiva causada pelo acúmulo das proteínas tau e beta-amilóide no cérebro. Essas proteínas deterioram as regiões e estruturas cerebrais. Quando essas proteínas não desempenham suas funções adequadamente, as sinapses, que são as conexões entre os neurônios, deixam de funcionar, resultando na morte desses neurônios devido a esse mau funcionamento.

As áreas mais afetadas são as associadas à memória, aprendizagem e coordenação motora. Cada paciente com Alzheimer é acometido de forma diferente e única. No entanto, existem pontos em comum: o sintoma primário mais comum, por exemplo, é a perda de memória – e, por isso, muitas vezes, os primeiros sintomas são confundidos com o problema de idade ou estresse.

Com o avançar da doença, vão aparecendo novos sintomas como confusão mental, irritabilidade, agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória em longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. O tratamento visa minimizar os sintomas, proteger o sistema nervoso e retardar o máximo possível a evolução da doença.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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