Relatório do Corpo de Bombeiros de Catanduva, ao qual o jornal O Regional teve acesso com exclusividade, mostra que o número de queimadas reduziu 7,5% nos primeiros sete meses do ano, no município. Foram 357 ocorrências envolvendo fogo em vegetação e terrenos baldios de janeiro a julho do ano passado, ao passo que este ano foram 330, no mesmo período.
A planilha mostra que os incêndios registrados em vegetação natural diminuíram de forma drástica no comparativo, passando de 245, em 2022, para 174 este ano, o que representa redução de quase 29%. Já em vegetações cultivadas, houve aumento de 10 para 14 casos (40%), assim como em terrenos baldios, 101 para 140 (38%), e em pontos de apoio, 1 para 2 (100%).
Apesar da queda dos indicadores, as queimadas na área urbana ainda preocupam. “É a velha cultura de colocar fogo em mato para renovar o pasto: isso é inadmissível no tempo de hoje. Existem outros mecanismos, como roçar, capinar e uma série de recursos que você pode utilizar, mas a pessoa insiste em colocar fogo”, lamenta Guilherme Peres, coordenador da Defesa Civil.
Segundo ele, para que a punição aconteça é preciso que haja o flagrante, o que faz com que os crimes permaneçam impunes. “Se nos depararmos com a pessoa colocando fogo ela vai responder criminalmente e ainda vai pagar uma multa que começa com 500 UFRC, mais o metro quadrado que pegou fogo”, explica, complementando que o valor inicial equivale a R$ 1,8 mil.
REGIÃO
Os números do 2º Subgrupamento de Bombeiros, que une os postos de Catanduva e Novo Horizonte, também registram queda no comparativo dos primeiros sete meses de 2022 e 2023. Nesse caso, a redução chegou a 11%: passou de 402 ocorrências para 358. Isso porque, em Novo Horizonte, as queimadas diminuíram de 45 para 28 (37%) no período, de um ano para o outro.
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