
A relação entre noites mal dormidas e transtornos como ansiedade e depressão tem chamado a atenção da comunidade médica. De acordo com o pneumologista e médico do sono Fábio Macchione, a qualidade do sono deve ser encarada como fator essencial para a saúde física e mental.
“O sono não é apenas um descanso. Ele regula funções hormonais, fortalece a imunidade, consolida a memória e equilibra as emoções. Quando essa etapa é prejudicada, os impactos aparecem não só no corpo, mas também na mente, aumentando o risco de quadros de ansiedade e depressão”, explica o especialista.
Um dos grandes desafios é que muitas pessoas recorrem a medicamentos por conta própria, acreditando que essa é a solução imediata para o problema.
Macchione alerta para os riscos dessa prática: “Não é indicado usar remédios para dormir sem acompanhamento médico. O sono precisa ser avaliado de forma completa, com diagnóstico adequado, para que possamos tratar a causa do problema e não apenas os sintomas.”
Entre os exames disponíveis, a polissonografia é considerada o padrão-ouro para mapear a qualidade do sono, identificar distúrbios como apneia, insônia, sonolência excessiva e até mesmo problemas respiratórios que podem estar associados.
“Com um diagnóstico preciso, conseguimos indicar tratamentos eficazes que realmente devolvem qualidade de vida ao paciente. O acompanhamento com um médico especialista em sono é fundamental para evitar complicações futuras e garantir noites reparadoras”, reforça.
A mensagem do especialista é clara: investigar os distúrbios do sono é cuidar da saúde como um todo. Dormir bem é mais do que hábito, é investimento direto no bem-estar físico e mental.
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