Protetora de animais busca auxílio para manter resgates em Catanduva
Protetora de animais busca auxílio para manter resgates em Catanduva
Foto: Arquivo Pessoal - Laura Luiza e a pequena Belinha, que veio com ela para Catanduva na adolescência
Por Guilherme Gandini | 25 de junho, 2023

Quando a vizinha de Laura Luiza Assunção Borba avisou que seus cachorros teriam filhotes, em 2013, no cruzamento de um poodle com um shih-tzu, e ela cogitava o aborto pela dificuldade da venda dos cães sem raça, a mãe da jovem pegou os pequeninos. Doou dois machos e ficou com Pitusha. “Ela é meu chaveirinho. Quem conhece a Laura conhece a Pitusha”, brinca a jovem, natural de Frutal/MG.

A balconista do restaurante da família, Fernanda, foi uma das que se apaixonaram pela cachorrinha e, com Laura, foi a um pet shop para adotar um bichinho igual. “Lá tinha muitos cachorros para vender e só um para adoção, um vira-lata com uma perna só. Todo mundo só olhava para os cachorros de raça e não para ele. Fiquei revoltada e adotei o Michael (Jackson). Tudo começou aí”, lembra Laura, que atua como protetora de animais em Catanduva.

Depois desse dia, ela afirma que nunca mais passou por um cachorro de rua sem olhar para ele. Não demorou muito para adotar um gato cego, que tinha um olho só e, por isso, ganhou o nome de Mike Wazowski, em referência ao personagem do Monstros S.A. Depois, resgatou a Dora, cachorrinha que foi vítima de zoofilia, em mais uma história triste.

“Nessa jornada eu já cheguei a ter 33 animais em casa. Hoje, são 18 cães, sete gatos e cinco aves”, resume. “Dizem que você nasce duas vezes na vida, quando você nasce e quando descobre o que nasceu para fazer. E acredito fielmente que isso é uma missão de Deus para mim, pelos milagres que recebo.”

Entre as dificuldades do trabalho, estão o custeio das consultas e medicamentos, além de lidar com as perdas dos animais resgatados que não conseguem sobreviver. “São noites sem dormir para pagar as clínicas e encontrar adotantes, entre muitas coisas que fazem pensar em desistir, mas não consigo falar não, não consigo ver o sofrimento dos animais e me negar.”

Atualmente, Laura tem uma garagem de carros e estuda Medicina Veterinária, além de manter o projeto em prol dos animais. Nas redes sociais, ela presta contas dos valores que recebe e despesas com os animais resgatados.

TEATRO SOLIDÁRIO

Sensibilizados com a luta de Laura pela causa animal, os atores, diretores e produtores da Cia da Casa Amarela, Drika Vieira e Carlinhos Rodrigues, vão apresentar a peça “Nina & Carambola” no dia 16 de julho, domingo, no Teatro Municipal Aniz Pachá, com toda a renda revertida para a protetora de animais. O objetivo é quitar sua dívida atual, que é de R$ 3.870.

O convite antecipado pode ser adquirido pelo WhatsApp (17) 99781-9997 por R$ 15. Quem preferir pode doar qualquer valor via pix, utilizando o mesmo número como chave ou contribuir na clínica Zoo Pet, na rua Paraíba, 533.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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