A Comissão de Privacidade e Proteção de Dados da 41ª Subseção da OAB de Catanduva, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, realiza nesta quarta-feira, 28, às 14 horas, no auditório do Paço Municipal, o encerramento do Projeto de Segurança Digital desenvolvido ao longo do primeiro semestre letivo com crianças e adolescentes das escolas municipais.
O projeto teve como base cartilha elaborada pela OAB, Secretaria de Educação e Polícia Militar com o intuito de conscientizar, não só os jovens, mas também suas famílias. O material teve 7 mil exemplares impressos, no início deste ano, a partir do apoio da iniciativa privada.
“Falar sobre a segurança digital é de extrema importância, porque estamos vivendo tempos em que as crianças não saem de casa, porque os pais receiam pela violência, mas em contrapartida deixam os filhos expostos na internet, passando cada vez mais tempo, ficando vulneráveis a serem vítimas de criminosos e a doenças, como o caso da depressão”, argumenta a defensora pública, coordenadora da comissão e da produção da cartilha, Isabella Rainho Poli.
Segundo ela, as crianças estudaram a cartilha em sala de aula, junto dos professores, e participaram de palestras e rodas de conversa com integrantes da comissão da OAB, em estímulo à reflexão sobre o uso consciente e seguro das mídias digitais.
“Ao final, elas elaboraram projetos sobre aquilo que elas aprenderam e concorreram a prêmios em várias categorias, desenho, redação, podcast, vídeos, entre outros. Foram trabalhos incríveis e fiquei muito emocionada ao receber o resultado desse projeto”, confidencia a profissional.
Ela diz que a premiação fez com que as crianças se engajassem ainda mais, possibilitando que o coração, a mente e as famílias dos alunos fossem alcançadas. “Nem todos vão ganhar o prêmio físico, mas acredito que todos ganharam de alguma forma com esse projeto.”
Para a secretária municipal de Educação, Cláudia Cosmo, as redes sociais são utilizadas por crianças, adolescentes e jovens como espaços de informação, comunicação e de sociabilidade, abrindo portas para o perigo. “Aí surge o alerta, o que eles têm visto e consumido nos espaços digitais? O que as famílias têm propiciado aos seus filhos e como têm acompanhado a utilização dessas mídias sociais por seus filhos? Esses temas são alertados na cartilha”, pontua.
Outro tema abordado em sala de aula, detalha a educadora, foi o cyberbullying e sobre o quanto essa prática é prejudicial “à vida física, emocional, social e afetiva de todos aqueles que são vítimas e também daqueles que praticam essa forma de desrespeito ao outro”.
“É extremamente importante discutirmos o tema da segurança digital, sabemos que pais, responsáveis, educadores, todos nós precisamos estar alertas àquilo que nossas crianças veem, consomem nesses espaços e protege-las. Porque criança, adolescente e jovem merece todo o cuidado, toda a proteção, seja nos espaços reais, concretos, seja nos espaços virtuais”, frisa.
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