O trabalho de pesquisa científica intitulado “HPV e o conhecimento de universitários do sexo masculino” e elaborado por egressas do curso de Enfermagem da Unifipa mostrou que a maioria dos entrevistados apresentou conhecimento sobre a doença. No entanto, grande parcela ainda não tem informação completa sobre a via de transmissão.

De autoria das enfermeiras Fabíola Augusta Borges Vinhando e Beatriz Conceição de Azevedo e da professora doutora Paola Alexandria Pinto de Magalhães, ex-docente dos cursos de Medicina e Enfermagem do Centro Universitário, atualmente membro da Universidade Autônoma de Madrid, o estudo teve parte dos resultados apresentado no XII Congresso de Iniciação Científica (CIC), I Congresso de Extensão Universitária (CEU) e XI Workshop de Pós-Graduação (WPG) da Unifipa. Lá, foi premiado em 1º lugar na modalidade oral de pesquisa em Ciências Biológicas e da Saúde e recebeu menção honrosa.

“Nossa população do estudo foi jovens e adultos que estudam na Unifipa, do sexo masculino, de 18 a 20 anos, já que o homem é o vetor principal do HPV, vírus que causa o câncer de colo de útero, e que pode causar câncer de pênis entre outras enfermidades; por isso a importância de investigar o conhecimento desses universitários sobre o tema, métodos de prevenção e contágio”, explica Fabíola.

Segundo a pesquisa, os resultados mostraram que a maioria dos entrevistados apresentou conhecimento sobre HPV; no entanto, grande parcela ainda não tem informação completa sobre a via de transmissão, sintomas e utilização de métodos preventivos.

“Assim, quantificar o grau de conhecimento da população masculina sobre o HPV é de extrema importância, uma vez que permite analisar e implementar estratégias adequadas para promover a prevenção, diminuir a disseminação e obter redução nos índices”, enfatiza a pesquisadora.

Os reflexos dos dados, conforme aponta o estudo, podem refletir fragilidade no processo de abordagem quanto à prevenção e promoção da saúde em parcela da sociedade.

“Dentre os 118 jovens universitários participantes deste estudo, 76,4% tinham conhecimento sobre HPV; no entanto 60,2% não foram vacinados contra o vírus. Dessa forma, concluímos que um dos principais aspectos é a importância de conscientizar a população sobre a vacinação contra o HPV, conforme preconiza o Ministério da Saúde, bem como sobre outros meios de prevenção, como o uso de preservativos e boa higiene pessoal, a fim de reduzir a taxa de transmissão do vírus”, relata a coautora, Paola Magalhães, PhD em Ciências pela USP/Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.

RECONHECIMENTO INTERNACIONAL

Outra parte do trabalho das autoras foi aceito no “3th World Nursing and Healthcare Congress 2023”, congresso mundial de Enfermagem, realizado em junho, em Valência, Espanha.“Este congresso é renomado no meio científico, pois traz novas perspectivas, ideias, métodos científicos e técnicas em saúde, além de excelente oportunidade de jovens pesquisadores exporem seus trabalhos científicos para a comunidade de pesquisa internacional”, diz a professora.

O próximo objetivo é de que o estudo seja finalizado e publicado em revista internacional do gênero científico, tornando-se objeto de apoio a outras pesquisas relacionadas.

“A ideia seria estender esta pesquisa por meio de projeto que vise conscientizar meninos e meninas que estão na faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde para vacinação, trabalhando em escolas, com cartilhas, campanhas de vacinação e conscientização sobre métodos de prevenção, e material de apoio para profissionais da saúde”, frisam as autoras.