
O Conselho Municipal dos Direitos LGBTs divulgou nota de repúdio ao Projeto de Lei 05/2025, do vereador Pastor Júlio Zanini (PSD), que proíbe crianças e adolescentes de participarem da Parada do Orgulho LGBT de Catanduva. A matéria ainda não foi à votação na Câmara.
“Esse PL fere o direito de ir e vir, ignora o papel das famílias na educação de seus filhos e desrespeita a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nossa luta é por uma sociedade mais justa, inclusiva e sem censura”, critica o órgão presidido por Beatriz Rodrigues da Silva, em texto postado nas redes sociais.
Em Nota Pública veiculada no Diário Oficial, o conselho afirma que a proposta “representa um ataque à liberdade individual, ao direito de ir e vir e ao princípio da não discriminação, ferindo preceitos fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.
O texto destaca ainda que a Parada do Orgulho LGBT de Catanduva “é um evento de caráter democrático, que promove o respeito à diversidade, à inclusão e igualdade de direitos”. E completa: “restringir o acesso de qualquer grupo a esse espaço é uma tentativa de exclusão social”.
Na tribuna da Câmara, Pastor Júlio Zanini criticou a nota emitida pelo Conselho LGBT, ao qual classificou como um grupo político-ideológico. “Eu repudio as ações desse movimento”, disse, sinalizando que, além deste, haverá outros projetos na mesma linha. “Eu não quero proibir ou acabar com o movimento LGBT, isso é democrático, mas as nossas crianças nós devemos cuidar.”
Ele afirmou que o ambiente da Parada do Orgulho LGBT não é adequado. “É um ambiente onde existe uso de drogas comprovado, de bebida alcoólica e também exposição do corpo. Se tem alguém para estar indignado é a família brasileira, é o povo cristão, porque por muito tempo esse pessoal tem afrontado a família e a comunidade cristã”, rebateu.
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