Os professores da rede municipal agendaram para sábado, dia 30, a mobilização em defesa do pagamento do piso salarial nacional da categoria. A atividade será na Praça Monsenhor Albino, em frente à Igreja Matriz, às 10 horas. A ação vem em resposta à postura adotada pela Prefeitura de Catanduva, que reluta em elevar o salário base dos educadores conforme a legislação.  

“Os Professores da Rede Municipal de Educação de Catanduva "pedem SOCORRO". A categoria está unida e organizada pela luta da garantia dos direitos que estão querendo nos tirar, desvalorizando o nosso trabalho e consequentemente diminuindo a qualidade do ensino da rede”, diz mensagem que circula nas redes sociais pedindo apoio na divulgação do manifesto.  

Ao longo da segunda-feira, O Regional manteve contato com vários representantes da classe, que detalharam a visão dos educadores. “A gente está tentando conscientizar de forma amigável as coisas que estão na pauta que a gente está reivindicando”, disse uma delas.  

Outra liderança do movimento frisou que os professores não são contrários à reestruturação proposta pela Prefeitura para os demais servidores. “Apenas queremos que a reestruturação dos professores seja feita à parte, porque a educação tem especificidades e leis específicas.”  

Ela afirmou também que será protocolado requerimento na Câmara de Vereadores, esta semana, que levará anexo um abaixo-assinado organizado pela categoria. Enquanto a coleta de assinaturas acontece, os docentes tem entrado em contato com os parlamentares solicitando apoio para que a reestruturação do magistério municipal seja feita em separado.  

REUNIÃO NA APEOESP  

Após a audiência pública realizada na Câmara e mediante as propostas que o prefeito Padre Osvaldo fez para a reestruturação do funcionalismo, a Apeoesp - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo agendou assembleia dos professores municipais para o sábado, dia 23. Na ocasião, foi composta comissão com 5 representantes da categoria. 

De acordo com Leandro Alves Oliveira, secretário-geral da Apeoesp, a nova comissão organizará e participará de todas as mobilizações – que, conforme previsto, serão inúmeras. Haverá panfletagem, pedido de apoio dos vereadores para desmembrarem o futuro projeto de lei para reestruturação do funcionalismo em duas partes, separando o que diz respeito à Educação.  

“Nós não somos contra o projeto de reestruturação no seu todo, mas no que se trata da Educação, dos professores, da valorização, do piso salarial nacional, ele não atende as nossas necessidades. Então uma das indicações é que seja desmembrado esse projeto para que a gente possa discutir e atender, de fato, a todo o funcionalismo público”, esclarece Leandro.  

O diálogo será feito com a população, a comunidade escolar e pais dos alunos, por meio de panfletagem. Também está sendo preparada denúncia ao Ministério Público e ação coletiva em favor de todos os professores para que a Prefeitura atenda a lei do piso e, no próximo sábado, será a primeira manifestação na Praça da Matriz, inclusive com orientação aos populares.  

“Para que a população entenda quais são de fato as reivindicações dos professores, que é uma lei federal que nós estamos exigindo que a Prefeitura cumpra e que ela está querendo fazer uma manobra matemática para falar que está atendendo a lei do piso e, de fato, não vai estar”, pontua o sindicalista. “A Apeoesp está entrando nessa luta com os professores.”