O que parecia ser uma decisão rotineira da Secretaria Municipal de Educação de Catanduva, adotada por meio de resolução, ganhou novo capítulo nesta segunda-feira, 23. A extinção da Escola Municipal de Ensino Supletivo Fundamental e Médio Prof. Claudiomar Couto foi denunciada ao Ministério Público de São Paulo pelo professor Antônio Flávio de Fazio.

No entendimento do educador, o prefeito Padre Osvaldo (PSDB) deveria ter tomado a medida de encerramento das atividades da unidade de ensino a partir de decreto, que tomaria como base pareceres da secretária de Educação, Cláudia Cosmo, assim como do Conselho Municipal de Educação. Ele acredita que o órgão sequer foi consultado sobre a questão.

De Fazio afirmou ao jornal O Regional que considerou a extinção da escola Claudiomar Couto como uma derrota do governo municipal. “Politicamente o governo sai perdendo com essa decisão. Tanto se fala em investir em educação, que a educação é importante e o fechamento de uma escola tradicional vai no sentido oposto, além do desrespeito com o homenageado”.

O professor lembra da decisão polêmica do ex-prefeito Geraldo Vinholi (PSDB) em extinguir o Ensino Médio, em 2014, oferecido por meio da EJA – Educação de Jovens e Adultos, que fez com que professores e alunos do Claudiomar Couto se mobilizassem. A unidade, naquela época, funcionava dentro do CAIC. De lá pra cá, a EJA atende apenas o Ensino Fundamental.

Para Antônio Flávio de Fazio, a escola Claudiomar Couto representou no ensino muncipal o que foi a escola estadual Barão do Rio Branco nos anos 1960. “Foram polos de resistência, com maior consciência política, que tendem a abordar temas que geralmente os governantes não gostam”, alfineta ele, relembrando que a unidade chegou a ter mais de 30 classes e 1.200 alunos.