O sensei Cássio Gonçalves foi convocado como auxiliar técnico da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) para integrar a Seleção Brasileira de Judô Paralímpico - Sub 23, no IBSA Judô Grand Prix, que acontecerá de 18 a 26 de novembro, na cidade de Astana, no Cazaquistão. O Brasil será representado por cinco atletas, sendo dois homens e três mulheres.
Formado em Educação Física, Cássio é praticante da modalidade há 30 anos e há 12 dá aulas de judô no Centro de Reabilitação Visual - Instituto dos Cegos de Rio Preto. Atualmente, o Instituto conta com 40 alunos da região e 13 deles já disputam campeonatos regionais, estaduais e também nacionais.
“Meu primeiro contato com o judô foi na escola em que estudava. Estou muito feliz com a convocação para o Grand Prix no Cazaquistão. Fico grato pelo reconhecimento por parte da CBDV. Será uma experiência ímpar. Já havia sido convocado para uma semana de treinamento com a seleção, mas para competições será a primeira vez. É uma honra estrear em um evento internacional” comenta o sensei.
O judô paralímpico conta com adaptações para maior acessibilidade. Primeiramente, apenas deficientes visuais participam dos jogos paralímpicos, diferente de outras modalidades que contam com outras deficiências. No começo de uma luta, os dois atletas já devem estar segurando no quimono, diferente do judô de videntes, no qual começa a disputas sem a pegada inicial dos atletas. Caso os atletas soltem a pegada, a luta é interrompida, até a pegada ser restabelecida.
Os golpes e técnicas são iguais às do judô convencional, porém o árbitro tem um peso maior, já que auxilia os atletas a não saírem da área da luta por meio de avisos sonoros, punições e pontos são avisadas da mesma forma com indicação da cor do quimono. Já os quimonos de deficientes visuais totais, contam com círculos vermelhos nos ombros e/ou nas costas, para que o árbitro possa saber qual a abordagem.
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