
A vacinação contra brucelose está em andamento no estado de São Paulo e os pecuaristas têm até o dia 31 de maio para realizar a imunização das fêmeas, bovinas e bubalinas, com idades entre 3 e 8 meses. Já o prazo para a declaração da vacina se encerra em 7 de junho no sistema Gedave - Gestão de Defesa Animal e Vegetal da Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
Na região de Catanduva, 8 mil fêmeas devem ser vacinadas contra a doença. Embora um laboratório tenha desistido de fabricar a principal vacina, a imunização segue normalmente.
“Tivemos um laboratório que desistiu de fabricar a vacina principal, que é a B19, mas também já está sendo revisto, já está em foco esse desabastecimento. Pode ser que o produtor em alguma loja agropecuária não encontre a vacina B19. Caso isso persista, será revista essa estratégia de defesa para que seja postergada a data, mas a princípio está tudo dentro da normalidade”, pontua o diretor da Defesa Agropecuária de Catanduva, Klaus Saldanha Hellwig.
A brucelose bovina é uma doença que se caracteriza por problemas reprodutivos como abortamento no terço final da gestação e sua ocorrência causa prejuízos econômicos e depreciação do valor social da propriedade foco da doença, devido à diminuição da produção de carne e leite, dos partos e da taxa de natalidade da espécie.
Além disso, ela é uma doença de notificação obrigatória ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e também para a Organização Mundial da Saúde Animal.
Quanto à febre aftosa, o diretor da Defesa Agropecuária frisa que, embora São Paulo seja uma área livre da doença e não haja mais campanhas de vacinação, o produtor ainda tem obrigações a serem cumpridas.
“As declarações de aftosa estão andando num clima normal, apesar da não necessidade da vacinação, apenas a declaração do rebanho, ou seja, informar os nascimentos, os óbitos e fazer as evoluções do rebanho. Está dentro da normalidade, dentro da porcentagem esperada”, disse.
A Defesa Agropecuária segue promovendo um inquérito soroepidemiológico para comprovar a ausência de circulação do vírus causador da febre afetosa no Estado. O levantamento é parte dos requisitos que a Organização Mundial de Saúde Animal exige para validar o reconhecimento internacional como área livre sem vacinação.
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