Presidente da Sincopetro esclarece dúvidas sobre preços dos combustíveis
Roberto Uehara, do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Rio Preto, aponta que comportamento do mercado é essencial
Crédito: José Cruz/Agência Brasil - Além do retorno das tributações federais há outros fatores que influenciam os preços
Por Da Reportagem Local | 27 de julho, 2023

Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o preço médio da gasolina subiu 11,8% no Brasil, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Esse cenário de alta e incertezas tem levantado dúvidas e questionamentos dos consumidores sobre os valores dos combustíveis praticados em Catanduva e na sua microrregião.

As perguntas mais frequentes dos catanduvenses foram levadas por O Regional ao presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, o Sincopetro de São José do Rio Preto. Roberto Uehara explica que, além do retorno das tributações federais, há outros fatores para que os consumidores estejam pagando altos preços pelos combustíveis.

“Com relação aos altos preços dos combustíveis, realmente tivemos, por parte do governo federal, algumas concessões no caso dos tributos, que no governo federal passado haviam sido concedidos tais descontos e que foram cancelados pelo governo atual. Com isso algumas alíquotas de impostos voltaram a ser cobradas. O preço varia muito de estado para estado e também de cidade para cidade. Cada cidade quer um mercado e cada mercado defende a sua concorrência naquela localidade, então falar de preço fica muito difícil porque tudo depende do que está ocorrendo naquele município, naquele momento, naquela data que estaríamos nos referindo”, diz Uehara.

Outro ponto que gera questionamentos é o fato de que Catanduva está em uma região cercada por usinas de cana-de-açúcar. Logo, seria esperado que o etanol, que é um subproduto da cana, fosse mais barato para a região. Segundo o gestor, entretanto, uma coisa não está relacionada a outra.

“Se fôssemos partir desta premissa, o óleo diesel e a gasolina, que tem suas bases nas cidades de Campinas e Paulínia, deveriam sempre ter os preços mais baratos desses produtos, o que não é o caso. Tanto o etanol como a gasolina e o diesel obedecem à lei de mercado e esse mercado varia de região para região. Se Catanduva tem essa tendência, é uma tendência do mercado local”, aponta.

Uehara também esclarece uma curiosidade dos consumidores sobre o fato de que, quando é anunciada uma redução de preço para as distribuidoras, o consumidor não vê essa queda chegar com rapidez às bombas. Nesses casos, os donos de postos afirmam ser por conta dos estoques, mas quando é anunciada a alta, o valor é imediatamente repassado ao consumidor.

“Os revendedores, tanto as distribuidoras como as refinarias, defendem seu capital de giro. Então se o combustível baixa, ele não tem como baixar de repente e acompanhar, porque depois ele não consegue comprar, porque o produto teve alta, ele não consegue repor com o mesmo valor aquele produto que ele já comprou. A tendência é de que, assim que acabe aquele produto que ele tem em estoque e ele compre o produto com alta ele repasse ao mercado. Quando é o contrário, ou seja, quando o preço cai, não tem como ele passar de imediato porque ele estaria perdendo parte do seu capital de giro. Caso ele tome essa atitude, terá que repor de algum outro lugar esse valor perdido. Esse procedimento é feito tanto pelos próprios revendedores, quanto pelas distribuidoras e refinarias”, destaca o presidente do Sincopetro.

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Redação de O Regional

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