O presidente da Câmara de Catanduva, Gleison Begalli (PDT), usou as redes sociais para se manfestar sobre a aprovação da revisão do Plano Diretor e da mudança no perímetro urbano do município. Ele não particiou da votação feita pelos vereadores em regime de urgência, na sexta-feira, 8, por motivo de viagem, e foi alvo de duras críticas de Mauricio Gouvea (PSDB).
Begalli declarou apoio às duas revisões, mas disse que, em sua visão, foram desconsideradas etapas importantes do processo revisional. Afirmou também que a Prefeitura tinha ciência de que ele estaria ausente na primeira semana de julho, mas que “inexplicavelmente” convocou a sessão em regime de urgência para o mesmo período.
“Meu posicionamento perante os pares era de seguir o processo sem a urgência, ou seja, realizando a leitura dos Projetos no dia 02/08 e realizando as votações nas semanas finais do mesmo mês (processo normal). Neste período a Casa poderia estudar e debater com a sociedade tais Projetos e assim mostrar consonância com as recomendações do Ministério Público”, frisou.
O parlamentar ainda alfinetou a Prefeitura pela escolha pela votação a toque de caixa. “Causa enorme estranheza a obsessão desenfreada em convocar, votar e sancionar as Leis.”
Sem citar nomes, ele ainda falou sobre as críticas de Gouvea, que chegou a chamá-lo de omisso e covarde durante discurso na tribuna na sessão extraordinária. “Sobre os ataques pessoais deferidos contra minha pessoa e que ultrapassaram o limite das divergências de ideia, somente posso lamentar e destacar que as mesmas não abalroaram meus propósitos”, afirmou.
Ao concluir sua nota, Gleison Begalli lamentou que o processo poderia ter sido concluído de forma tranquila, mas que “está agora aguardando posicionamento da justiça, correndo risco de ser anulado”, fazendo referência à ação movida pelo Ministério Público que pede a nulidade de todo o processo revisional e que ele seja refeito nos termos da legislação.
Autor