A Prefeitura de Catanduva iniciou levantamento dos taxistas que realmente utilizam as vagas de estacionamento exclusivas demarcadas para eles na cidade. O intuito é readequar o número de vagas disponíveis para a categoria. O estudo atende a pedido apresentado ao prefeito Padre Osvaldo (PL) pelo presidente do Sincomercio, Ivo Pinfildi Júnior, no mês passado.

No ofício encaminhado ao Executivo, o sindicalista pede a criação de mais vagas de estacionamento e recomenda que seja retirada a exclusividade de vagas para taxistas.

Na visão de Pinfildi, já não há mais razão para esse tipo de benefício, tendo em vista que o surgimento do transporte por aplicativo, oferecido atualmente por várias empresas na cidade, colocou fim à necessidade de estabelecer um ponto único para requisitar esse tipo de serviço.

“A vagas demarcadas para o uso de táxi, a gente observa, há anos raramente são ocupadas pelos táxis que originaram essa demarcação. Quando não havia os táxis itinerantes, tipo Uber, Decar, 99 e outros, então existiam os pontos de táxi fixos. Normalmente era comprada uma licença por parte do taxista para que eles pudessem utilizar tanto o serviço de táxi como as vagas”, diz.

Ele afirma que muitos desses taxistas já se aposentaram ou faleceram. “Essas vagas ficam desocupadas o tempo todo, quando poderiam estar à disposição das pessoas com os seus veículos que buscam diariamente o centro da cidade, para suas compras em nosso comércio.”

Se tal medida for aplicada pela Prefeitura, o Sincomercio prevê a criação de cerca de 22 vagas de estacionamento no Centro, o que, segundo Pinfildi, estaria longe do ideal, mas seria algo positivo para o comércio. Ele pontua, ainda, que espera que a prefeitura analise o regramento jurídico dessa questão e mantenha as vagas apenas para quem tiver direito, liberando as demais.

De acordo com a Secretaria de Mobilidade e Trânsito, há 55 taxistas cadastrados na cidade: seis no ponto do Higienópolis, seis na rua Minas Gerais, 10 na Praça da República, seis na rua Belém, seis na rua Brasil, 13 no Terminal Rodoviário, sete na rua Cuiabá e um na rua Pernambuco.

Sindicato dos Condutores diz que fiscaliza os taxistas

A partir de denúncia recebida em julho sobre o grande número de vagas ociosas nos pontos de táxi, o jornal O Regional percorreu a área central e conversou com os profissionais. Os taxistas que mantiveram contato com a reportagem alegaram que a quantidade reduzida de táxis vista em cada ponto estaria relacionada aos horários diversos que eles atuam – de manhã até à noite.

O presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Catanduva, Luís Antônio da Silva, que representa esse segmento na cidade, afirmou que faz a fiscalização sobre a prestação do serviço. “Nós acompanhamos, passamos diariamente nos pontos, fazemos visitas e conversamos com os taxistas. Estamos sempre acompanhando o trabalho deles.”

Ele negou que, entre os profissionais cadastrados na administração municipal existam pessoas que tenham a credencial de taxista apenas para obter descontos na aquisição de automóveis. “Isso não é verdade”, frisou, garantindo que o órgão também auxilia os profissionais diante de suas necessidades. “Na devida proporção, conversamos também com os clientes”, garante.