Prefeitura gasta quase meio milhão para reformar prédio de ‘mil e uma faces’
Imóvel do Caps, que já foi sede da prefeitura, câmara e biblioteca, foi desocupado em 2019
Foto: O REGIONAL - Prédio inaugurado em 1919 como escola é utilizado, hoje, por serviços de saúde
Por Guilherme Gandini | 27 de novembro, 2022

Está na reta final, ao menos com relação ao prazo, a reforma do prédio do Caps II - Centro de Atenção Psicossocial, na esquina das ruas Pará e Paraíba. A intervenção de R$ 439,3 mil deve ser concluída até 9 de dezembro, mas, pelo que se vê no local, a data poderá ser ultrapassada.

O imóvel do Caps II foi desocupado pela prefeitura em outubro de 2019, ainda na administração anterior, como medida de segurança, quando parte do forro de três salas cedeu. O órgão foi então transferido para o antigo Postão da rua Pará, onde também funciona o CEM - Centro de Especialidades Médicas.

O edifício que está em obras, com recursos estaduais, já teve “mil e uma faces”, pois inúmeros serviços públicos ocuparam o local ao longo da história de Catanduva.

Segundo os historiadores, nele foi instalado o 1º Grupo Escolar de Catanduva, em 1919, ainda nos primeiros anos da cidade. Com o passar dos anos, o prédio se tornou a sede da Prefeitura, que ocupou o espaço até 1967, abrindo espaço, na sequência, para que a escola estadual José D'Oliveira Barreto assumisse o prédio por alguns anos.

A partir de 25 de janeiro de 1975, a câmara passou a ter o imóvel como seu endereço, até se mudar para o prédio atual em 25 de janeiro de 1979, na gestão do prefeito Warley Agudo Romão e do presidente da Câmara, Maurílio Francisco Vieira.

Quem ocupou o local a seguir foi a Biblioteca Municipal, saída de uma sala da Associação Comercial, tornando-se alvo de tragédia em 1983, quando as águas do rio São Domingos transbordaram e alagaram o estabelecimento. Pelos registros, a biblioteca perdeu 16 mil livros, desencadeando campanha do Rotary Club em busca de doações para recompor o acervo.

Na história mais recente do prédio, ele funcionou como Farmácia Municipal e depois como Laboratório Municipal para serviços de análises clínicas. Parte da estrutura também passou a ser ocupada pelo Programa DST/Aids, dividindo espaço, posteriormente, com o Caps II.

A OBRA

O descritivo da obra previa reforço das fundações, travamento das rachaduras e tratamento das trincas, revisão elétrica e de iluminação, revisão hidráulica e da rede de esgoto, instalação de tubulações de gás e sistema de combate a incêndio, reforma da cobertura – com troca de telhas, calhas e rufos, troca parcial do forro, colocação de novo piso e vidros, além de pintura.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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