Prefeitura de Catanduva poderá gastar até R$ 780 mil em lanches frios
Valor inicial unitário estipulado para lanche com pão francês recheado com uma fatia de presunto e muçarela, mais suco de caixinha, é de R$ 8,23
Foto: ZAFFARI - Lanche comprado pela Prefeitura será composto por um pão francês, recheado com uma fatia de presunto e outra de muçarela
Por Rodrigo Ferrari | 19 de outubro, 2022

Alvos de muitas polêmicas no ano passado, as licitações para a compra de alimentos prontos pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Catanduva terão um novo capítulo, dentro de alguns dias.

A Prefeitura de Catanduva abriu um pregão eletrônico, que está sendo realizado pela página de licitações do Banco do Brasil, na Internet, a fim de contratar uma empresa que ficará responsável pelo fornecimento de lanches frios para a pasta.

O edital estipulou um limite máximo de 94.820 unidades de lanche, que será composto por um pão francês, recheado com uma fatia de presunto e outra de muçarela (30 gramas, cada), além de uma caixinha de suco néctar de fruta. O valor inicial proposto é de R$ 8,23.

DENÚNCIAS

No segundo semestre do ano passado, a Prefeitura de Catanduva realizou um pregão para a compra de até 114 mil lanches frios para a Assistência Social. A vencedora dessa licitação foi a Eagle Business, da cidade de Rosana, localizada região de Presidente Prudente.

Alguns meses antes, a mesma empresa foi vencedora da licitação de R$ 537 mil, para a compra de marmitas para a administração municipal. Na ocasião, o valor unitário das refeições foi de mais de R$ 19, que era o preço máximo estipulado no pregão.

Vereadores chegaram a fazer denúncias desse caso na tribuna da Câmara Municipal. Na época, Marquinhos Ferreira (PT), chegou a afirmar, durante um discurso, que a contratação da empresa teria indícios de fraude. Porém, as queixas acabaram não avançando.

Além do preço, que estava muito acima dos valores de mercado, outro ponto questionado pelos parlamentares foi o fato de a contratação dos lanches e das marmitas beneficiar uma empresa de fora, em detrimento de fornecedores locais.

A data máxima para o acolhimento das propostas do novo pregão é 25 de outubro. Porém, não significa que o resultado será definido nesse dia, já que a análise documental poderá derrubar concorrentes, caso verificado nos pregões dos lanches e das marmitas, realizadas no ano passado.

A Eagle Business havia apresentado os maiores valores, porém, por conta de problemas documentais, suas concorrentes acabaram sendo desclassificadas.

Por se tratar de um pregão para registro de preços, não significa que a prefeitura irá adquirir todos os 94 mil lanches. A quantia é um limite máximo, dentro do qual o município poderá efetuar compras desse produto junto à fornecedora, pelo preço estipulado previamente.

Caso a prefeitura comprasse a cota máxima permita pela licitação, ao longo do ano, teríamos uma média de 7.901 lanches comprados junto à empresa vencedora.

Autor

Rodrigo Ferrari
É jornalista de O Regional.

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