A Secretaria de Saúde de Catanduva completa nesta quinta-feira, 16 de fevereiro, um mês sem atualizar os dados da dengue. O boletim epidemiológico sobre a doença disponível no site oficial, datado de 16 de janeiro, mostra apenas dois casos positivos em 2023. Nos dois primeiros meses do ano passado, o município registrou 135 confirmações: 40 em janeiro e 95 em fevereiro.
Os números do primeiro bimestre de 2022 abriram caminho para a alta que se viu em março, que registrou 611 casos positivos e para a confirmação da epidemia que tomava conta da cidade nos dois meses seguintes: foram 1.293 casos em abril, o ápice do ano todo, e 1.010 em maio.
As chuvas desse período são agravante para a proliferação do Aedes, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Em postagem feita nas redes sociais nesta quarta-feira, 15, a Secretaria de Saúde faz alerta justamente para esse tema. “Com as chuvas o cuidado deve ser redobrado. Receba os agentes de endemias em sua casa”, diz a mensagem.
O órgão reforçou recentemente o efetivo da Equipe Municipal de Combate ao Aedes aegypti (EMCAa), com a contratação de empresa terceirizada para cessão de 30 agentes para visitação casa a casa. O apagão nos indicadores, entretanto, vai contra o princípio da transparência da administração pública e impede que a sociedade tenha conhecimento da realidade.
CORONAVÍRUS
Caso semelhante ocorreu, recentemente, com o Boletim do Coronavírus, que chegou a ser divulgado diariamente no período mais grave da pandemia e passou a ter atualizações semanais desde a metade de novembro de 2022, chegando às redes sociais a cada 7 ou 8 dias.
O problema é que, nas páginas oficiais da Prefeitura de Catanduva e da Secretaria Municipal de Saúde nas redes sociais, o último boletim foi divulgado em 27 de janeiro, há cerca de 20 dias. No site oficial, entretanto, é possível encontrar uma versão com a data de 10 de fevereiro.
SEM RESPOSTA
O jornal O Regional questionou a Secretaria Municipal de Saúde se há algum tipo de periodicidade fixada para divulgação dos boletins da dengue e do coronavírus. Não houve resposta até o fechamento desta edição.
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