Preço da carne registra queda média de 9,65% de janeiro a agosto deste ano
Dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o filé mignon teve a maior queda de preço no ano, 16,95%
Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Projeção é de que em 2023 haja deflação nos alimentos no domicílio após três anos
Por Da Reportagem Local | 17 de setembro, 2023

As carnes tiveram queda média de 9,65% no acumulado nos primeiros oito meses do ano e de 1,9% em agosto. Isto é o que mostra a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre as carnes, o filé mignon teve a maior queda de preço no ano, 16,95%. Em seguida, aparecem outros cortes, como a alcatra, com diminuição de 13,46%, e contra-filé, 11,7% mais barato.

O filé mignon também é destaque de queda entre todos os alimentos que compõem a inflação oficial do país. O corte nobre foi o sexto item com maior redução de preço no ano, atrás apenas da cebola, da laranja, do óleo de soja, do abacate e da batata inglesa. O segmento de aves e ovos teve queda menor de 6.3%. O frango em pedaços caiu 11.69% no ano, enquanto o frango inteiro caiu 9.79%. Em compensação, os ovos tiveram alta de 12,94% no ano.

Dentre as explicações para tantas mudanças nos preços está principalmente a safra de grãos, como soja e milho, que favoreceu a queda de preços, pois são os grãos usados na alimentação de frangos e suínos. Já os bovinos se alimentam principalmente de pasto, que também tem sido favorecido pelas chuvas regulares, o que reduz os gastos com ração, conforme explicam os analistas de mercado.

Além disso, o filé mignon não é um corte preferido para exportação. Países da Ásia preferem carnes mais gordurosas. Com isso, a demanda externa segura mais os preços das carnes de segunda. A expectativa é de que a redução de preços continue neste ano. Ela não foi suficiente para compensar o longo período de inflação de alimentos registrado desde 2020.

A projeção é de que em 2023 haja deflação nos alimentos no domicílio após três anos de sequentes altas. Já para 2024, as perspectivas ainda são incertas. O fenômeno climático El Niño pode impactar a agricultura, gerando novas pressões inflacionárias. Mas esse impacto ainda é incerto porque, às vezes, o El Niño vem forte e não tem repercussão na agricultura. Em outros casos, é o contrário.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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