Fenômeno recente, o beach tennis, prática semelhante ao tênis só que na areia, conquistou número considerável de amantes. A fim de fazer bom uso desse sucesso, um evento esportivo está sendo promovido com a renda sendo revertida para a Associação Sempre Viva, responsável por amparar mulheres com câncer de mama em Catanduva.
O 1º Torneio Beneficente Beach Tennis Sempre Viva será nos dias 8 e 9, sábado e domingo, na Life Sports Beach, a partir das 8 horas. Dono e professor responsável, Leandro Martins explica que o disponibilizou as quadras do local para a realização do evento. Ele ainda destaca que a prática desse esporte na região cresceu muito nos últimos anos, principalmente, por conta da pandemia.
"É um esporte muito dinâmico. O pessoal que pratica são famílias, pai que vem com filho, com a filha, já que é jogado em duplas. Temos aulas do iniciante ao intermediário até avançado. Temos três professores e cerca de 300 clientes. O que eu acho mais importantes é a prática esportiva e o melhor dele é poder praticar descalço, na areia, [a pessoa] fica muito mais à vontade", relata Leandro.
Pensando neste grande público que o beach tennis alcança, a Associação Sempre Viva teve a iniciativa do evento. Além da competição deste final de semana, também será promovido uma Festa de Premiação no dia 22 de outubro, no Pub do Clube de Tênis. Todo o valor arrecadado com a venda de ingressos para a festa e com as inscrições para os jogos do torneio, que variava de R$ 100 a R$ 160 por participante, será revertido para a organização.
ASPECTO BENEFICENTE
A Associação Sempre Viva atua em Catanduva desde 2004 por meio da união de voluntárias, mastectomizadas ou não, que realizam um trabalho de apoio para mulheres com câncer de mama, independente da fase do tratamento. O objetivo da instituição é contribuir para a melhora da qualidade de vida física, emocional e social dessas mulheres.
Dentre os trabalhos feitos pela associação está a confecção de próteses mamárias externas de polietileno, distribuídas para mais de 30 hospitais do Brasil; turbantes; almofadas, para conforto dos braços e tapa traque. Além disso, também doam perucas para pacientes que precisam e oferecem tratamentos fisioterápicos e acompanhamento psicológico.
O médico mastologista, Eduardo Malaquias, que faz o acompanhamento de pacientes da Sempre Viva, diz que a ideia do evento surgiu de uma preocupação em não deixar o Outubro Rosa passar em branco.
"Ano passado foi contado a história de quatro moças que tiveram câncer de mama e começaram a pedalar. Esse ano vai se falar sobre o beach tennis, que a gente se aproveitou de ser um esporte que está crescendo muito e envolve tanto homens quanto mulheres. É uma maneira de usar o esporte como catalisador para levar informações sobre o câncer de mama", explica.
O mastologista ressalta que iniciativas como essa são fundamentais e que não se deve ficar esperando apenas ações apenas governamentais. "A sociedade como um todo também tem um papel importante. Essa ideia, que não é uma ideia minha, é uma ideia de um grupo de pessoas que promove e pensa em distribuir a informação de forma correta e ajudar alguém", destaca Eduardo.
Autor