Potencial de consumo aumenta em Catanduva: classes B e C lideram
Cidade Feitiço ganhou cinco colocações no ranking do potencial de consumo dos municípios paulistas no comparativo com estudo anterior
Foto: ARQUIVO/O REGIONAL - Principal investimento dos catanduvenses será em habitação, com R$ 1,3 bilhão
Por Guilherme Gandini | 15 de junho, 2022
 

Levantamento do IPC Maps mostra que Catanduva tem o 57º maior potencial de consumo do Estado de São Paulo. A cidade poderá movimentar quase R$ 4,7 bilhões este ano, conforme o estudo IPC Maps 2022, volume 21% superior ao projetado para o ano passado, de R$ 3,8 bilhões. A alta supera até mesmo o índice inflacionário, que foi de 10,06% em 2021.  

Com a projeção, a Cidade Feitiço ganhou cinco colocações no ranking do potencial de consumo dos municípios paulistas, no comparativo com o estudo anterior: na sequência histórica, Catanduva ocupou a 58ª posição em 2020 e 62ª em 2021. Na listagem nacional, o município passou de 198º para 187º. A situação atual é melhor do que no período pré-pandemia.  

De acordo com o IPC Maps, as classes B e C são as que concentrarão maior participação, movimentando R$ 1,9 bilhão e R$ 1,8 bilhão, respectivamente. Enquanto isso, o público da classe A terá um incremento na economia de R$ 625 milhões, e as classes D/E, R$ 242 milhões. A contribuição da população da área rural será de R$ 24,2 milhões.  

O principal investimento dos catanduvenses será em habitação, com R$ 1,3 bilhão. Os gastos com veículo próprio aparecem na sequência (R$ 514 milhões), seguidos por alimentação no domicílio (R$ 394 mi) e fora do lar (R$ 185 mi), materiais de construção (R$ 180 mi), plano de saúde e tratamento dentário (R$ 176 mil), educação (R$ 153 mi) e medicamentos (R$ 150 mil).  

BRASIL  

No Brasil, o consumo das famílias ficou aquém das expectativas e deve movimentar cerca de R$ 5,6 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de apenas 0,92% em relação a 2021, a uma taxa positiva de 0,42% do PIB. Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, o resultado é reflexo da lenta recuperação pós-crise pandêmica agravada pelo atual cenário de confronto entre Rússia e Ucrânia, na Europa.  

Tradicionalmente, a classe B2 lidera o panorama econômico, representando cerca de R$ 1,2 trilhão dos gastos. Junto à B1, pertencem a 20,8% dos domicílios, assumindo 38,8% (mais de R$ 2 trilhões) de tudo que será desembolsado pelas famílias brasileiras.   

Presentes em quase metade das residências (47,9%), C1 e C2 totalizam R$ 1,9 trilhão (36,4%) dos recursos gastos. Já o grupo D/E, que ocupa 28,8% das moradias, consome cerca de R$ 557,8 bilhões (10,7%). Embora em menor quantidade (apenas 2,5% das famílias), a classe A vem, cada vez mais, se distanciando socialmente dos menos favorecidos e ampliando sua movimentação para aproximadamente R$ 740 bilhões (14,1%).   

VEÍCULO PRÓPRIO  

O IPC Maps 2022 aponta para uma nova tendência no comportamento do consumidor, que passa a gastar mais com veículo próprio em detrimento até das despesas com alimentação e bebidas no domicílio.   

“Como na pandemia muitas indústrias pararam de produzir, principalmente autopeças eletrônicas, as empresas tiveram de prolongar os prazos de entrega e reajustar seus valores. Enquanto isso, crescia a demanda por transportes via aplicativos e deliveries, tanto pelo consumidor - que passou a usar mais esses serviços -, quanto pelos trabalhadores — que viram nesse segmento uma oportunidade de compensar a perda do emprego ou de parte do seu salário, ou ainda, de ter uma renda extra”, avalia Pazzini. 

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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