População negra sofre mais com doenças crônicas e adversidades na vida explicam parte desse adoecimento
Faculdade de Medicina Faceres aborda a temática durante a 3ª Jornada da Saúde da População Negra, em Rio Preto
Foto: Divulgação - Mulheres negras são as mais acometidas por doenças crônicas, segundo Elsa-Brasil
Por Da Reportagem Local | 08 de novembro, 2024

A população negra brasileira, historicamente marginalizada e submetida a desigualdades sociais, enfrenta um fardo desproporcional de doenças crônicas. Diabetes, hipertensão, doenças renais e obesidade são apenas algumas das condições que acometem com maior frequência essa parcela da população.

As raízes desse problema são profundas e complexas, englobando fatores históricos, sociais e econômicos que resultam em um acesso desigual a serviços de saúde, alimentação adequada e condições de vida dignas.

O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) revelou dados alarmantes sobre a saúde da população negra: mulheres negras são as mais acometidas por doenças crônicas e homens negros apresentam as maiores taxas de mortalidade.

A multimorbidade, ou seja, a presença de múltiplas doenças crônicas em um mesmo indivíduo, é ainda mais prevalente entre os negros, agravando o quadro clínico e dificultando o tratamento.

A 3ª Jornada da Saúde da População Negra, organizada pela Faculdade de Medicina Faceres, em parceria com o coletivo antirracista da instituição e a ONG "Meninas do Bem", busca dar visibilidade a essa questão e promover ações concretas para melhorar a saúde da comunidade negra em São José do Rio Preto e região.

Gratuito e aberto ao público, o evento será realizado no dia 18 de novembro, das 18h às 20h30, na Escola Municipal Prof.ª Regina Mallouk, no bairro Santa Clara, em São José do Rio Preto.

Na programação, a médica Daiane Cassaro realizará palestra sobre saúde, cuidados e bem-estar. Também haverá atendimentos ao público com aferição de pressão arterial, medição de glicemia e orientações gerais sobre cuidados com a saúde.

O professor Araré Carvalho, docente do eixo Ética e Humanidades e organizador do evento, destaca a relevância do encontro. “O evento sai dos muros da faculdade para estar mais próximo da comunidade local, refletindo o compromisso da FACERES em promover e reconhecer a cultura negra”.

Araré destaca ainda a importância que o futuro médico participe e entenda as demandas da população negra e suas peculiaridades.

Para a edição deste ano, o evento contou com a colaboração ativa de representantes da sociedade civil organizada, destacando uma construção coletiva que visa atender de forma mais eficaz as necessidades da população.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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