Tudo está consumado. Tal como na célebre passagem do Novo Testamento, os candidatos catanduvenses que disputam cadeiras na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nada mais têm a fazer, a não ser entregar nas mãos dos eleitores toda sua esperança.
Com pouco mais de 88 mil pessoas aptas a votar, a expectativa dos candidatos locais é que os catanduvenses privilegiem as opções da cidade, na hora de escolher seu deputado estadual ou federal. Em 2018, Catanduva registrou total de 59.426 votos válidos, que são os que contam para fins de definição do resultado.
Os candidatos a deputado federal de Catanduva alcançaram, juntos, 15.923 votos naquela eleição. Os outros mais de 44 mil (74% do total) foram conferidos a políticos de outras cidades - não apenas da região, mas figuras de expressão nacional como Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann, respectivamente, terceiro e segunda mais votados em Catanduva, no ano de 2018. Na disputa para deputado estadual o fenômeno se repetiu.
Hoje, os candidatos locais apelam para o discurso em prol da representatividade de Catanduva, como forma de conquistar o apoio dos eleitores do munícipio e da região.
“Fizemos uma campanha linda, criativa e sem promessas impossíveis. Não criticamos nenhum candidato, temos ética e respeito por todos. Peço para que os eleitores de nossa cidade depositem seus votos nos candidatos catanduvenses. É hora de Catanduva ter representantes combativos que defendam os interesses de nossa região”, afirma o Comandante Robinson Casal, PDT.
Última em Catanduva a exercer mandato de deputada (deixou o cargo na Alesp em 2020, passando à suplência), Beth Sahão (PT) também tem procurado adotar tom otimista nesta reta final. “Em Catanduva, os bairros foram muito carinhosos e tenho expectativa de que isso vai se materializar em votos. Nas outras cidades, a campanha também cresceu. O ambiente é bem melhor que em 2018. O trabalho foi intenso. Esperamos que possamos ter um bom resultado.”
Essa linha também é adotada por Sinval Malheiros (Patriota), que já esteve no Congresso Nacional em dois mandatos. “Estamos com perspectivas boas de que Catanduva ganhará um deputado federal para representá-la e conseguir melhorias na saúde, na educação e no comércio, para trazer mais empregos”, afirma.
O ex-vereador Nilton Candido (PSB) tem uma avaliação positiva de sua participação nesta eleição. “Procurei fazer uma campanha propositiva e pé no chão. Estou satisfeito porque, mesmo tendo recebido poucos recursos, consegui debater os gastos absurdos do legislativo com o Orçamento Secreto e também denunciar, especialmente para os aposentados, mulheres e trabalhadores em geral”, diz ele.
Apesar de não ter recebido recursos de seu partido, o médico Ricardo Zupirolli (PMB) vê aspectos positivos na experiência como candidato a deputado estadual. “Não foi disponibilizada uma estrutura de campanha, então fizemos o que foi possível. A receptividade foi extremamente alta e estou muito agradecido a todos. A experiência e o aprendizado foram grandes”, afirma.
O advogado Fábio Manzano (MDB) chega ao fim de sua primeira disputa a deputado federal em clima marcado pela animação. “Foi o melhor balanço possível. A aceitação das pessoas foi maravilhosa. Independentemente do resultado, saímos melhores do que nós entramos."
Já Beto Cacciari (PL) destaca as experiências positivas proporcionadas pela campanha deste ano. “Pude conversar com muitas pessoas - empresários, pacientes em diversas cidades. Conhecer hospitais, comércios e bairros de Catanduva e região. Isto nos traz a certeza de que valeu a pena”, diz o médico.
Por fim, João César Moraes (PL), enfatiza sua relação com o comércio. “Sou nascido e criado aqui. Empreendo em Catanduva, moro aqui. Durante a pandemia, não tivemos nenhum representante que nos defendesse diante das decisões dos governos. Precisamos pensar grande para Catanduva”, afirma o candidato a deputado estadual.
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