
Moradores de Catanduva e região receberam, nos últimos dias, mensagem de áudio em que uma mulher relata que uma senhora avançou na frente do seu carro no cruzamento das avenidas Benedito Zancaner e Dona Engrácia, na rotatória. O fato foi classificado como uma possível ação criminosa orquestrada por uma quadrilha, que estaria se repetindo em outros pontos da cidade.
A mensagem viralizou e levou o capitão PM Lúcio Pivotto, comandante da 1º Companhia de Polícia Militar de Catanduva, a gravar um vídeo com orientações. Ele afirmou que o fato pode até ter ocorrido como relatado, mas descartou a existência de quadrilha em atividade na cidade.
“Pode ser uma usuária de drogas ou realmente uma mulher pedindo ajuda, porém, a segunda parte do áudio, onde ela fala que ‘informaram para ela’ de que várias pessoas, uma quadrilha especialista em roubo, estão efetuando vários roubos na cidade e isso não procede, isso é uma informação falsa”, afirmou Pivotto.
Ele relatou ter recebido várias ligações telefônicas questionando sobre o áudio, inclusive em grupos do programa Vizinhança Solidária. “Eu reportei explicando que não teve, nós não tivemos nenhum tipo de ocorrência nesse sentido, portanto, essa informação não procede.”
Pivotto frisa que a notícia espalhada da forma que foi feita pode causar pânico em outras pessoas e repercute mal. “Obviamente que o objetivo da mulher que gravou o áudio não era causar uma repercussão dessa, negativa, talvez alguém falou essa mentira para ela, ela acabou acreditando e replicou, é isso que é o mais importante, cuidado ao replicar informações”, pontua. “Isso repercute muito mal, principalmente na sensação de segurança, porque é uma informação falsa replicada várias vezes, as pessoas passam a acreditar e dar credibilidade em algo que não existe.”
O policial reforça que, diante de qualquer atitude suspeita, é preciso ligar para o telefone 190. “Outra coisa importantíssima. No primeiro momento que ela relata que uma mulher pulou na frente do seu veículo, ela deveria ter ligado para o 190, né? Isso é uma atitude suspeita. Com certeza, deveria ter arrancado com o carro, igual ela fez, e no primeiro momento que ela conseguir, ligar para o 190 e informar essa situação suspeita, para que as equipes policiais possam efetuar uma abordagem e verificar o que está acontecendo”, orienta.
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