Polícia Civil faz reconstituição de homicídio no Nova Catanduva
Homem investigado pelo assassinato de Jonas Furini participou da reprodução do crime, no local dos fatos
Fotos: Divulgação/Polícia Civil - Reconstituição foi feita com base na versão do investigado, que alega legítima defesa
Por Guilherme Gandini | 21 de outubro, 2024

Policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) realizaram na manhã de sexta-feira, 18, a reconstituição do homicídio de Jonas Furini, 33 anos, no local dos fatos, com a participação do investigado. O trabalho ocorreu no cruzamento das ruas Luiz Ambrosio da Silva e José de Freitas, no Nova Catanduva.

Jonas foi encontrado morto em um terreno baldio, no dia 4 de outubro. Ele teria sido morto no dia anterior, com cinco golpes de faca. A arma estava ao lado do corpo, com o cabo quebrado. O suspeito, um homem de 33 anos, com quem Jonas mantinha relacionamento, fugiu com o carro da vítima e foi detido na região central de Campinas, na madrugada de 9 de outubro.

Foi apurado pela Polícia Civil que, na noite anterior ao crime, o investigado aguardou a vítima na casa de sua mãe e ambos saíram em um veículo. Cerca de 15 minutos depois, o averiguado retornou sozinho à casa da genitora, com a roupa suja de sangue. Após tomar banho, ele fugiu. A prisão temporária foi decretada pelo Poder Judiciário, pelo prazo de 30 dias.

De acordo com o delegado titular da DIG, Hélvio Roberto Bolzani, a reconstituição realizada na sexta-feira envolveu equipes da Polícia Civil, com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e do Instituto de Criminalística (IC). O investigado estava acompanhado por um advogado.

“Foi uma diligência que é adotada no curso da investigação policial, que é a reprodução simulada dos fatos. É a reconstrução dos eventos de uma maneira mais precisa e detalhada, com a finalidade de conseguirmos elementos para apontar a coerência ou contradições na versão apresentada pelo investigado. É uma medida adotada como colheita de prova”, explicou Bolzani.

Segundo ele, inicialmente o inquérito policial foi instaurado para apuração de um homicídio qualificado, porém, durante a apuração, outra hipótese foi levantada. “Surgiram indícios da prática do crime de latrocínio. É uma linha de investigação que a reconstituição do crime, hoje, colaborou inclusive para a definição dessas duas linhas.”

O esclarecimento do caso, conforme Bolzani, vai ocorrer após laudos periciais e oitivas de testemunhas ligadas tanto à vítima quanto ao investigado. “As duas linhas de investigação estão sendo priorizadas, com indícios fortíssimos da prática do crime de latrocínio.”

A reconstituição foi feita com base na versão do investigado. “Apresentou inconsistências, incoerências, contradições, que serão apontadas em laudo pericial que ainda será expedido pelo Instituto de Criminalística”, indicou o delegado. “Foram encontradas divergências entre a cena do crime, tal qual ela foi encontrada pelos peritos, com a versão apresentada hoje. Ele está omitindo e amoldando a versão dele de legítima defesa, que a gente sabe que não ocorreu”.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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