A Polícia Civil de Catanduva participou da Operação CyberConnect com 25 policiais civis e 10 viaturas, nesta quinta-feira, 30. A DIG – Delegacia de Investigações Gerais esclareceu 10 crimes de estelionato eletrônico praticados na cidade, identificando quadrilha especializada na fraude denominada "golpe do motoboy" ou "golpe da central eletrônica".
Durante as investigações, a Justiça expediu 48 mandados de busca e apreensão que foram cumpridos durante a Operação CyberConnect. Foram identificados 37 suspeitos de integrarem a quadrilha, os quais foram alvos das buscas, na manhã de ontem, nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Caieiras e Carapicuíba.
Foram apreendidos dezenas de celulares, documentos, cartões bancários, R$ 14 mil em dinheiro, máquinas de cartão, dentre outros objetos que auxiliarão na identificação de outros integrantes do grupo criminoso.
O delegado titular da DIG, Hélvio Roberto Bolzani, também requereu à Justiça o arresto de bens móveis e o bloqueio judicial de todas as contas e recursos financeiros dos investigados.
O bloqueio foi realizado pontualmente às 6 horas desta quinta-feira, 30, horário da deflagração da operação policial em São Paulo e se destina ao ressarcimento dos prejuízos causados às vítimas de Catanduva.
Durante o período de investigação, foi detectada movimentação bancária de mais de R$ 7,5 milhões em contas bancárias dos suspeitos. As investigações prosseguem visando à identificação de outros integrantes da quadrilha e a responsabilização criminal de todos os envolvidos.
GOLPE DO MOTOBOY
A vítima recebe ligação do estelionatário, que se passa por um atendente de central de relacionamentos de alguma loja ou banco conhecidos, informando que o cartão dela foi utilizado para uma compra, que evidentemente não foi feita pela vítima.
O estelionatário orienta a vítima a ligar para um número de serviço de atendimento “0800”, no qual o comparsa a atende e informa que “um motoboy” irá até a casa da vítima para buscar o cartão, a fim de evitar novos golpes.
Com senha o cartão em mãos, os criminosos conseguem realizar saques e simulam compras por meio de pagamentos realizados em máquinas cadastradas em nome dos próprios estelionatários e de “laranjas”.
COMO AGIR
Uma dica importante é: dados pessoais e senhas só são solicitados quando a ligação é iniciada pelo cliente do banco. “Este tipo de solicitação nunca será feita quando o banco ou loja ligar para o cliente. Se alguém ligar para o seu telefone e pedir que você confirme dados sensíveis (como senhas ou número do cartão), desligue imediatamente a chamada”, orienta a Polícia Civil.
Prejuízo é estimado em mais de R$ 30 milhões
A Polícia Civil, por meio do Deinter-5, em São José do Rio Preto, deflagrou na manhã desta quinta-feira, 30, a Operação Cyberconnect contra crimes cibernéticos. Foram cumpridos 167 mandados de busca e apreensão e um de prisão em várias cidades do estado de São Paulo, na capital e também em Curitiba (PR), Palmas (TO) e Cuiabá (MT). Participaram da ação 660 policiais civis dos quatro estados da federação em 300 viaturas.
Foram instaurados 50 inquéritos policiais para investigar a ação de grupos que praticam crimes cibernéticos. A investigação identificou pelo menos 3 mil vítimas dos golpistas somente na região de Rio Preto, que tiveram prejuízo estimado em R$ 30 milhões. Dez sites são investigados.
"Esta megaoperação é um marco no combate a esta modalidade criminosa que tem feito cada vez mais vítimas, que é o estelionato virtual. Até então, as investigações contra este crime eram feitas de forma difusa, o que dificultava a repressão. Com essa operação conjunta, a inteligência da polícia vai poder identificar as quadrilhas que agem no ambiente cibernético e causam prejuízo a milhares de pessoas", afirma o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
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