A campanha de vacinação contra a febre aftosa está em andamento em todo o estado de São Paulo. Devem ser vacinados bovinos e bubalinos de todas as faixas etárias. O prazo para a imunização do rebanho termina no dia 31 de maio e o produtor rural tem até o dia 7 de junho para declarar a vacinação e atualizar o saldo do rebanho de bovinos e bubalinos.
A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de aftas, principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos.
Na área de atuação da Coordenadoria de Defesa Agropecuária Regional de Catanduva, que compreende 18 municípios, estão cadastradas quase 2 mil propriedades com pelo menos um bovino ou um bubalino. Ao todo, mais de 126 mil animais devem ser imunizados nesta etapa da vacinação.
De acordo com o diretor da Regional de Catanduva, Klaus Saldanha Hellwig, a doença não é registrada em São Paulo desde 1996. O último foco da febre aftosa foi identificado em São Carlos.
“Nós não temos a doença aqui, mas ela não é dita e não é tecnicamente constatada como erradicada. Por isso que aqui em São Paulo é um estado livre de febre aftosa com vacinação. E ele faz parte do bloco estratégico de retirada da vacina, onde também estão alguns outros estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e alguns outros. Em alguns deles, essa campanha de maio já não realiza a vacina”, diz o responsável.
As doses da vacina podem ser retiradas em lojas agropecuárias cadastradas na Defesa Agropecuária. Na região, são 15 revendas.
“Elas comercializam a vacina de Febre Aftosa, e a vacina de Brucelose e também a vacina para Raiva. O produtor pode ir em qualquer loja dessas, ou em qualquer loja do estado de São Paulo, e até mesmo em outros estados adquirir a vacina e vacinar os seus animais. A vacinação hoje ela é em todos os animais da propriedade, bovinos e bubalinos apenas, e não tem definição de idade e nem sexo, e 100% dos animais da propriedade tem que ser vacinados para a Febre Aftosa. Após a vacinação, o proprietário tem que fazer a declaração do seu rebanho. Essa declaração pode ser feita em qualquer unidade de Defesa Agropecuária de Catanduva ou de qualquer lugar do estado”, indica.
BRUCELOSE
Os pecuaristas também têm até o dia 31 de maio para vacinar todas as fêmeas bovinas e bubalinas com idade entre três e oito meses contra a brucelose, doença que se caracteriza por infecções endêmicas como abortamento no terço final da gestação. Após a vacinação, é obrigatória a entrega da declaração da vacinação, cujo prazo de encerramento é no dia 7 de junho.
Segundo Hellwig, a vacinação é de dose única e somente em fêmeas. Quando feita com a cepa B19, a fêmea recebe uma marcação que é o algarismo de 3, referente ao ano 2023, do lado esquerdo da cara. Já quando a vacinação é feita com a cepa B51 ela recebe a letra V, que significa “vacinada”.
“As bezerras, após serem vacinadas e marcadas, o veterinário cadastrado, que tem que apresentar o receituário para aquisição da vacina, depois realiza a vacinação e a propriedade faz a marcação dessa bezerra”, esclarece.
A brucelose bovina é uma doença de notificação obrigatória ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e também para a Organização Mundial da Saúde Animal. Sua incidência causa prejuízos econômicos e depreciação do valor social da propriedade foco da doença devido à diminuição da produção de carne leite, do aumento do intervalo entre partos e da queda da taxa de natalidade da espécie. A doença é responsável por 20 a 25% da perda na produção de leite e de 10 a 15% nos rebanhos voltados para a produção de carne.
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