Patrimônio histórico, Grande Hotel de Termas de Ibirá continua à venda

Prédio nasceu no embalo dos grandes cassinos e recebeu grandes bailes de gala que marcaram época até fechar as portas em 2004

Fotos: DIVULGAÇÃO - Grande Hotel de Ibirá tem cerca de 100 quartos, grandes salões e piscina

Se as paredes do Grande Hotel de Termas de Ibirá falassem, elas contariam muitas histórias e passagens importantes da cidade e da região. Muita gente considerada importante e influente na sociedade, como políticos, artistas e até jogadores de futebol, eram parte do público do local.

Cravado na Praça Joaquim Lemos, número 80, o Grande Hotel exibia paredes em cor de creme e letreiros em vermelho sinalizando o lugar que nasceu no embalo dos grandes cassinos. O imponente edifício recebeu grandes festas e bailes de gala, marcas de uma época.

Assim tornou-se referência para o turismo e a economia regional, sobretudo por sua grandiosidade e marcante estilo colonial. Entre os nomes que passaram por lá estão Pelé, Mazzaropi e o então governador Adhemar de Barros, um dos frequentadores mais assíduos.

Localizado próximo das águas termais, a 420km da capital, o prédio foi construído em 1945 e possui, hoje, cerca de 100 quartos, sendo 48 reformados e 52 em fase de acabamento, dois salões, piscina adulto/infantil com barzinho, salão de convenções, áreas de SPA e academia.

A área construída do Grande Hotel é de 10 mil metros quadrados, sendo 9,5 mil do terreno e 1 mil da edícula. O prédio fechou suas portas em 2004 e, apesar das condições de abandono, é avaliado em R$ 9 milhões. O contato para compra é a Beny Corretora de Imóveis, de Catanduva.

No ano passado, um grupo de médicos chegou a manifestar interesse na compra do Grande Hotel, com o intuito de transformá-lo em uma clínica. O negócio, pelo visto, não prosperou.

Autor

Guilherme Gandini

Editor-chefe de O Regional.

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