Com taxas de juros que chegam a 7,66% ao ano, o Programa Casa Verde Amarela (CVA) pode ser opção para quem quer conquistar a casa própria, mas que enxerga como inviável o financiamento imobiliário sem os subsídios do Governo Federal.
Com a Taxa Selic de 11,75% ao ano e com a possibilidade de novo aumento nos próximos meses, os juros para créditos imobiliários também poderão ser reajustados. Enquanto isso, o CVA já tem definido até dezembro de 2022 suas taxas para todas as faixas de rendas inseridas no programa.
De acordo com estimativas da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) neste ano, as novas operações com recursos da Poupança devem atingir aproximadamente R$ 195 bilhões, uma queda de 4.9% se comparado a 2021.
No entanto, uma alta significativa poderá ser observada ao incluir o volume total de crédito imobiliário daqueles que possuem subsídios e financiamentos pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que não são afetadas pela alta da Selic – é o caso do Programa Casa Verde Amarela.
Neste contexto, segundo a associação, o Brasil pode alcançar R$ 260 bilhões, o que representaria um aumento de 2%, ao analisar o resultado de 2021, que foi de R$ 255 bilhões.
Segundo Cecilia Cavazani, co-CEO da Cavazani Construtora, especializada em empreendimentos de interesse social, o Casa Verde e Amarela é um tipo de financiamento que não é afetado pelo aumento dos juros e abrange as faixas de renda que vai de R$ 2 mil a R$ 7 mil. “No Programa Casa Verde e Amarela os juros são subsidiados pelo Governo Federal e reajustados pela Taxa Referêncial (TR) que está zerada desde 2017, por isso não sofrem esses reajustes como os demais financiamentos.”, acrescenta.
Outra vantagem do programa é o subsídio do governo que pode chegar até R$ 47,5 mil, depois de análise dos fatores sociais, de renda, da capacidade de pagamento e as características da população de cada região.
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